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Coruchense diz que processo judicial prejudica imagem do clube e nega acusações
Dionísio Mendes, actual presidente do GDC e principal arguido no processo de contratação ilegal de jogadores

Coruchense diz que processo judicial prejudica imagem do clube e nega acusações

Em causa está a angariação de mão-de-obra ilegal devido à contratação de jogadores de futebol que se encontravam em situação irregular no país.

O Grupo Desportivo “O Coruchense” (GDC) lamentou “a desinformação e os prejuízos para a sua imagem” suscitados pelo processo em que é acusado do crime de angariação de mão-de-obra ilegal, o qual nega ter cometido.
O Tribunal de Instrução Criminal de Santarém manteve, em decisão tomada no dia 14 de Dezembro, a acusação feita pelo Ministério Público a seis arguidos, entre os quais o GDC, de angariação de mão-de-obra ilegal devido à contratação de jogadores de futebol que se encontravam em situação irregular no país, seguindo o processo para julgamento.
Em comunicado, o GDC afirma que os atletas estrangeiros que jogaram no clube em 2015 (a inspecção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras na origem do processo ocorreu em Setembro desse ano) “vieram todos antes para Portugal com destino a outros clubes” e já tinham jogado em épocas anteriores.
Segundo o clube, os cinco jogadores estrangeiros contratados para a época 2015/2016, depois da subida ao campeonato nacional, “já viviam em Portugal” e foram inscritos na Federação Portuguesa de Futebol, “via Associação de Futebol de Santarém”, numa altura em que a FPF “anunciou um protocolo com o SEF que visava tornar mais célere a legalização de jogadores estrangeiros, que deveria ocorrer no prazo de 90 dias”.
O GDC alega que celebrou com cada jogador um contrato de trabalho válido por dois anos, “inscrito na Segurança Social e no Serviço de Finanças”, e que os jogadores “tinham alimentação garantida diariamente em restaurante local e viviam em condições dignas e confortáveis em habitações arrendadas pelo clube”.
Afirma ainda que os jogadores, “acompanhados por directores e advogado do clube, foram várias vezes ao SEF de Santarém para obterem o visto de residência, o que não veio a acontecer até final da época 2015/16”, tendo os contratos sido rescindidos amigavelmente em Junho de 2016, com intermediação do Sindicato de Jogadores, “sem que daí resultasse qualquer vantagem financeira para o clube”.
Segundo o comunicado, os cinco jogadores “continuaram a sua carreira em clubes portugueses do Campeonato Nacional e ainda hoje vivem e trabalham em Portugal”.
Além do CGD, são arguidos no processo Ricardo Santos, presidente do clube entre Maio de 2008 e Julho de 2015, o seu sucessor, Dionísio Mendes (que presidiu entre 2001 e 2013 à Câmara Municipal de Coruche), o tesoureiro e director desportivo Carlos Neves e os empresários de jogadores de futebol Vasco Antão e Carlos Silva.
A acusação do Ministério Público afirma que os arguidos “engendraram um plano” para trazer para Portugal jogadores estrangeiros e com isso obterem proveitos económicos, sem que tivessem diligenciado no sentido de obterem autorizações de residência ou visto de permanência válidos para esses cidadãos.

Coruchense diz que processo judicial prejudica imagem do clube e nega acusações

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