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Morre numa queimada no Sardoal no dia de aniversário do filho
António Pedro ainda foi em auxílio da mãe mas não conseguir o trágico desfecho

Morre numa queimada no Sardoal no dia de aniversário do filho

Maria Justina terá sido apanhada pelas chamas quando o vento virou.

António Pedro, 56 anos, olhava para o terreno ardido na Rua Principal em Tojeira, concelho do Sardoal, e ainda não queria acreditar que a mãe tivesse morrido numa queimada. Maria Justina, 80 anos, foi surpreendida pelo fogo que se descontrolou e segundo refere o segundo comandante dos Bombeiros Municipais de Sardoal, Pedro Curado, a idosa já estava morta quando os meios de socorro chegaram ao local. A situação ocorreu no dia de aniversário de António Pedro.
O acidente ocorreu pelas 10h38 de 31 de Dezembro, deixando a família e a freguesia de Alcaravela consternada. O filho da falecida conta que ela passou a sua vida naquela aldeia e sempre foi doméstica. Conhecida como uma mulher muito activa e trabalhadora, Maria Justina tinha ficado viúva há sete meses. O marido faleceu na sequência de um ataque cardíaco.
Foi António Pedro e um amigo, que se encontravam naquele momento a podar as vinhas, que deram conta da situação. António ainda conseguiu apagar o fogo que consumia a roupa da mãe, mas já não havia nada a fazer. “Ela só fazia alguns suspiros. Foi uma tragédia muito grande”, desabafa António, que residia com a mãe em Tojeira. As causas do acidente ainda estão a ser investigadas, mas tudo aponta que terá sido uma mudança de direcção do vento que fez com que as chamas atingissem a idosa.
“O incêndio florestal derivou de uma queima de sobrantes que se descontrolou, devido à intensidade do vento e por decorrer num terreno com declive acentuado”, referiu o segundo comandante dos Bombeiros Municipais de Sardoal. No local, estiveram 25 operacionais dos Bombeiros de Sardoal e Abrantes.
Esta é a segunda vítima mortal numa queimada no ano de 2018 na área do Médio Tejo. A 7 de Fevereiro na localidade de Monte Fundeiro, concelho de Mação, o tesoureiro da Associação da Gargantada, César Silva Eugénio, de 65 anos, morreu quando estava a queimar os sobrantes num terreno.

Morre numa queimada no Sardoal no dia de aniversário do filho

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