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Motivações financeiras ganham consistência no homicídio de Luís Grilo
foto DR Rosa Grilo está detida por suspeita de coautoria no homicídio do marido

Motivações financeiras ganham consistência no homicídio de Luís Grilo

Família Grilo descobre novo seguro de vida no valor de 400 mil euros. Enquanto surgem novos motivos de natureza financeira que podem estar ligados ao crime, as famílias Grilo e Pina tentam chegar a entendimento sobre a guarda do filho do casal.

Motivos financeiros foram apontados pela Polícia Judiciária desde o início da investigação do homicídio de Luís Grilo. Em Setembro falou-se num seguro de 100 mil euros, que em caso de morte de um dos membros do casal beneficiaria o outro cônjuge. Agora, familiares de Luís Grilo descobriram um novo seguro de vida, no valor de 400 mil euros, que pagaria o empréstimo da vivenda do casal na totalidade. “Recebemos uma factura para pagar um seguro do qual não tínhamos conhecimento e de imediato ligámos para a seguradora. Confirmaram-nos que se tratava de um seguro de vida”, explica a
O MIRANTE Sandra Grilo, sobrinha do triatleta assassinado.
A factura enviada pela Una Seguros para a morada da empresa de informática fundada há 13 anos por Luís Grilo dizia respeito a um pagamento semestral de 206 euros. Contactada pela SIC, a seguradora confirma que até ser decidido o veredito de Rosa Grilo não vão avançar com o pagamento daquele seguro.
Rosa Grilo, detida desde 26 de Setembro de 2018 por suspeitas de coautoria do homicídio do marido, trabalhava como administrativa na empresa de informática, dependendo financeiramente de Luís Grilo.
Segundo a sobrinha do triatleta, a descoberta de mais um seguro em nada vem alterar a opinião da família Grilo desde que a viúva foi detida e as suspeitas de que possa estar envolvida na morte do marido começaram a ganhar força.

Uma cama suspeita
Nas Cachoeiras, localidade onde residia o casal, uma cama de madeira, deixada junto ao contentor do lixo, chamou a atenção de um dos habitantes da pacata localidade do concelho de Vila Franca de Xira. Levou-a para casa, queimou partes dela e guardou quatro tábuas para construir uma coelheira. A informação foi avançada pela SIC, que acredita tratar-se da cama do quarto de hóspedes onde Luís Grilo dormia.
Recorde-se que após a morte do marido, e um dia antes de a PJ iniciar as buscas na habitação, Rosa Grilo remodelou por completo o quarto de hóspedes, desde a substituição da antiga cama por duas camas de solteiro, a candeeiros, cortinados e pintura de paredes. A cama inicial nunca chegou a ser encontrada.
A O MIRANTE, Américo Pina, pai de Rosa Grilo, diz não compreender como é que há tantas certezas de que aquelas tábuas sejam parte da cama onde dormia Luís Grilo. Tanto a cama desmontada como o colchão, se estivessem ligados ao crime, “não seriam deixados no contentor ao lado de casa, às vistas de toda a gente”, diz.

Tia e avô lutam pela guarda do menor
O filho do casal, Renato, está a viver com a tia paterna, Júlia Grilo, desde que a mãe foi detida. O MIRANTE sabe que a advogada de Rosa Grilo e o advogado que representa Júlia estão em conversações para chegar a acordo sobre a guarda do menor de 13 anos. Até à data de fecho desta edição ainda não houve consenso entre as partes.
A irmã de Luís Grilo quer “ficar com a guarda por inteiro” e diz que não vai aceitar “os termos que a Rosa quer”, explica Sandra Grilo, que nada mais revela sobre as exigências da viúva. Mas garante: “Mesmo que ela venha a ser condenada a 25 anos de prisão, enquanto o menino for menor, não vamos ser nós a impedi-lo de visitar a mãe”.
Por sua vez, o avô Américo Pina defende a guarda partilhada da criança, que “cresceu em casa dos avós”, em Alverca. “É meu empenho que o menino fique sob a minha tutela e da Júlia. Sei que ela o trata bem, mas também o quero ter comigo”, confessa o pai de Rosa Grilo a O MIRANTE.

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