uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Chamusca perde liderança de empresa que vai gerir resíduos no Médio Tejo
foto DR Paulo Queimado, presidente da Câmara da Chamusca

Chamusca perde liderança de empresa que vai gerir resíduos no Médio Tejo

Autarcas afastaram Paulo Queimado que liderava Resitejo, entidade que vai dar lugar à RSTJ.

O presidente da Câmara da Chamusca, Paulo Queimado (PS), foi afastado pelos seus pares da liderança da nova empresa intermunicipal de gestão de resíduos que sucede à associação de municípios Resitejo, rompendo assim uma tradição de muitos anos. Até agora a Chamusca, por ter os aterros e sistemas de tratamento de lixos no seu concelho, liderou sempre a Resitejo - Associação de Gestão e Tratamento dos Lixos do Médio Tejo. Com a criação da RSTJ - Gestão e Tratamento de Resíduos EIM, SA, que vai suceder à Resitejo, os autarcas, sobretudo do PS, o mesmo partido de Paulo Queimado, não reconheceram capacidades de gestão no autarca e apoiaram o presidente do Entroncamento, Jorge Faria (PS), que passa a presidir à empresa.
Mesmo com a decisão tomada e a votação feita no dia 15 de Fevereiro, Paulo Queimado foi para a última reunião de câmara da Chamusca dizer que nada está fechado e que não aceita ficar no conselho de administração se não for na presidência. O autarca diz que ainda vai haver uma reunião para se acertar tudo, quando o que vai acontecer na próxima reunião é já a constituição e a escritura pública da empresa, que junta dez municípios.
A situação abriu brechas nas relações com o autarca da Chamusca, apesar de a presidente de Alcanena, Fernanda Asseiceira (PS), dizer que a questão não tem razões políticas nem pessoais, justificando ainda que há necessidade de rotatividade no poder. “Não sou a favor que as pessoas se perpetuem nas funções”, argumentou a autarca socialista. Os estatutos da empresa prevêem que a Chamusca faça sempre parte do conselho de administração, que tem três elementos, mas não impõe que seja na presidência.
Na votação para a escolha da administração houve um empate e a situação ficou num impasse durante pelo menos duas horas, com Jorge Faria a dizer que não reconhecia qualidades a Paulo Queimado para ficar à frente da empresa. O autarca da Chamusca andou durante esse período a tentar convencer os seus parceiros a ficarem do lado dele, mas não conseguiu.
Aliás, depois de se saber que a Câmara do Entroncamento ficaria com a presidência e a Chamusca com o lugar de vogal, não foi fácil encontrar outro município para o segundo lugar de vogal. Foi Alcanena quem acabou por se chegar à frente, mas com a garantia de que a presidência da empresa seja rotativa. E como a Chamusca já liderava há anos a Resitejo, subentendia-se que a preferência estava no lado do Entroncamento.
O maior accionista da RSTJ - Gestão e Tratamento de Resíduos é a Câmara de Santarém, que não quis ficar no conselho de administração e ficou a presidir à assembleia geral. O presidente Ricardo Gonçalves (PSD) diz que agora só espera que “não existam guerras políticas”, porque a empresa é muito importante para a gestão dos resíduos nos dez municípios, e sobretudo no concelho de Santarém, que representa um terço da nova empresa.
Até agora a gestão de resíduos no Médio Tejo era feita pela Resitejo, constituída desde a criação dos aterros sanitários. Mas os autarcas entenderam recentemente que o sistema de tratamento, um dos mais avançados do país, deveria ser gerido por uma empresa pública constituída pelas Câmaras de Alcanena, Chamusca, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Santarém, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha.

Chamusca perde liderança de empresa que vai gerir resíduos no Médio Tejo

Mais Notícias

    A carregar...

    Capas

    Assine O MIRANTE e receba o Jornal em casa
    Clique para fazer o pedido

    Destaques