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Nova urbanização à beira-Tejo divide opiniões na Póvoa de Santa Iria
Zona ribeirinha da Póvoa de Santa Iria vai ter 606 novos apartamentos

Nova urbanização à beira-Tejo divide opiniões na Póvoa de Santa Iria

Arrancaram os trabalhos de construção da polémica urbanização Vila Rio. A caminho estão mais seiscentos apartamentos. Há quem defenda a necessidade de mais habitação mas quem vive na zona mais antiga da cidade diz que vai perder a vista para o rio.

Começaram recentemente as movimentações de terras para o início da construção da urbanização Vila Rio, situada a poucas centenas de metros do rio Tejo na zona ribeirinha da Póvoa de Santa Iria. A polémica urbanização, que fez correr muita tinta na última década, compreende a edificação de novos prédios com 606 novos apartamentos, naquela que já é uma das cidades mais densamente povoadas do país.
A urbanização é contestada por alguns moradores e autarcas por ocupar o pouco que ainda resta de espaço natural da Póvoa de Santa Iria e tapar a vista para o rio Tejo. Em 2011 chegou mesmo a ser feito um abaixo-assinado com 1.115 subscritores contra a sua construção. Nos últimos dias, por causa das movimentações de terras que estão em curso, o assunto voltou à ordem do dia.
De um lado há quem acredite que os apartamentos fazem falta. Do outro, quem não se conforme em perder a vista que hoje tem, na zona antiga da cidade, do Tejo e das lezírias. As movimentações de terras destinam-se a nivelar a quota dos terrenos ao nível da estrada que actualmente serve de acesso à zona, explicou António Oliveira, vice-presidente do município, durante a última reunião pública de câmara de Vila Franca de Xira.
O autarca diz que as obras vão obrigar a encontrar vias alternativas, já que a actual estrada vai ficar encerrada durante dois anos enquanto as obras estiverem em curso. “A população está informada, foi criado um novo parque de estacionamento na zona do bairro dos pescadores. Não se avançava com uma obra daquelas sem se criar ali condições. A futura via central levará três novas rotundas”, adiantou.
Quando foi pensada, em 2005, a urbanização contemplava 1.270 apartamentos, mas com os anos o número de fogos foi sendo reduzido e o loteamento revisto, até aos actuais 606. O vereador Nuno Libório (CDU) voltou a criticar o investimento, notando a maior carga habitacional que será posta na zona ribeirinha.
A urbanização, recorde-se, foi aprovada pela Câmara de Vila Franca de Xira em 2013 com os votos dos socialistas e da então coligação Novo Rumo, liderada pelo PSD. O loteamento prevê uma área de intervenção total de 171.700 metros quadrados entre o rio e a linha de comboio e uma área bruta de construção residencial de 103 mil metros quadrados. Estão previstas seis largas avenidas, três rotundas, 1.315 lugares de estacionamento e 96.500 metros quadrados de áreas verdes e de lazer.

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