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Filarmónica Riachense com muitos jovens e velhos problemas
Sociedade Velha Filarmónica Riachense celebra 135 anos e é acarinhada pelos cerca de 500 sócios e pela população de Riachos

Filarmónica Riachense com muitos jovens e velhos problemas

Para comemorar 135 anos de vida, a banda deu um concerto no Teatro Virgínia, em Torres Novas, e no sábado as festividades continuam na sua sede.

A celebrar 135 anos, a Sociedade Velha Filarmónica Riachense (SVFR) fez a sua primeira apresentação com apenas 22 elementos e hoje as dificuldades continuam a ser muitas, conta Telma Rodrigues, a presidente da direcção da colectividade cuja banda deu um concerto no Teatro Virgínia, em Torres Novas, na noite de sábado, 2 de Março.
Apesar de contar com o apoio da Câmara Municipal de Torres Novas e da Junta de Freguesia de Riachos, para o pagamento do salário do maestro da banda e, quando necessário, para adquirir equipamento e fardamento, Telma Rodrigues diz que gerir uma banda com 45 músicos não é fácil. “Se não fizermos de vez em quando uma festa ou um jantar concerto, que nos dão uma ajuda para angariar mais algum dinheiro, é difícil” explica.
A banda faz serviços durante o ano, como procissões ou festas, mas a presidente conta que há 20 anos os convites para festas eram muitos, ao contrário do que sucede actualmente. “Se fizermos duas ou três festas no Verão é um espectáculo”, afirma a presidente. Em termos de repertório a banda adapta-se de acordo com o evento, juntando regularmente novas peças.
A Sociedade Velha Filarmónica Riachense tem em funcionamento uma escola de música, direccionada para os mais jovens, de forma a assegurar o futuro do grupo. De momento conta com dois colaboradores mais o maestro Pedro Andrade e cerca de oito alunos inscritos. A presidente explica que faltam crianças e jovens que queiram aprender música. “Os miúdos estão muito agarrados às tecnologias, a música dá que pensar, dá trabalho, exige dedicação e a maior parte deles prefere ir para o futebol ou judo”, comenta Telma Rodrigues.
Apesar disso, a faixa etária da banda é maioritariamente jovem, embora a diferença entre o elemento mais novo e mais velho seja de 58 anos. A maior parte dos elementos da banda e da escola, são oriundos do concelho de Torres Novas.
Com cerca de 500 sócios, a colectividade é muito acarinha pela população de Riachos. De acordo com a vice-presidente, Fernanda Vieira, existe uma mentalidade de bairrismo e de orgulho na terra, tanto por parte da população mais idosa como da mais jovem.
Presente na vila dos Riachos há 135 anos, a colectividade já recebeu vários prémios de referência, como por exemplo a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, a Medalha de Ouro da Cidade de Torres Novas em 1984, ou o prémio de Mérito da Freguesia de Riachos em 1998 e 2010.
À frente da colectividade desde 2018, Telma Rodrigues quando questionada sobre uma possível recandidatura, não se compromete - “não é fácil, há sempre muitos problemas e muita chatice”. Para a dirigente, esta presidência significa “manter o trabalho que foi feito durante tantos anos”, tendo presente um objectivo que há muito tem idealizado: “Riachos merecia ter uma sala para espectáculos”.

Filarmónica Riachense com muitos jovens e velhos problemas

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