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As sensíveis orelhinhas presidenciais

Acerado Serafim das Neves
O Presidente da Câmara da Chamusca, Paulo Queimado, socialista, republicano e democrata até ao tutano, abandonou a sessão da Assembleia Municipal no último dia de Fevereiro, assim que começou a ouvir a voz do Presidente da Junta de Freguesia da Chamusca e Pinheiro Grande, Rui Martinho, eleito por uma coligação que meteu PSD, CDS-PP e MPT.
Como não disse onde ia e é de todo impensável que tenha saído para não ouvir o opositor, é de presumir que estaria à rasquinha para ir à casa de banho porque normalmente é isso que leva pessoas a saírem porta fora sem dizerem água vai.
E o facto de atrás dele terem saído logo à pressa a vice presidente e o outro vereador do PS, adensa mais essa suspeita porque, como diz o povo, quando mija um português, mijam logo dois ou três.
Já agora diga-se que o presidente da assembleia, homem avisado, deve ter mandado instalar uma coluna de som junto às retretes. Só assim se percebe que depois de sacudir a gaita e voltado à cadeira, o presidente Queimado tenha começado de imediato a responder ao orador da oposição.
Claro que há outras possíveis explicações. Como o grupo excursionista regressou assim que o tal Martinho se calou, se calhar a saída em bando foi por causa da voz do orador. Agudos críticos a mais, provavelmente. Quem nunca saiu a meio de recitais de ópera e até de congressos partidários?
Em Alverca, que nem sequer é terra dos fenómenos, ocorreu mais um desaparecimento misterioso de um político local. Afonso Costa, que foi durante uns anos presidente da junta de freguesia e que nas últimas autárquicas perdeu as eleições para a CDU, evaporou-se e deixou de ir às assembleias de freguesia, havendo já quem diga que foi raptado por extra-terrestres.
Neste caso e embora o desaparecido também seja socialista, republicano e democrata até ao tutano como o Queimado da Chamusca, não se coloca a possibilidade de ter ido à casa de banho e de ainda não ter voltado. Mesmo que estivesse obstipado de todo ou fosse portador de uma bexiga cisterna, uma semana ou duas eram mais que suficientes para se aliviar.
Alertado pelo Cavaleiro Andante entrei no portal do Governo para ver se o responsável pela actualização do mesmo já tinha colocado a fotografia oficial da ex-presidente da câmara de Abrantes e agora Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Maria do Céu Albuquerque, mas o que continua lá é aquele vulto em preto sobre fundo cinzento. E já lá vão mais de quinze dias.
Maria do Céu Albuquerque que gosta de coisas coloridas e até foi de cor-de-rosa PS para a cerimónia da tomada de posse, não merece estar ali representada como se fosse um fantasma africano. Ainda por cima, para além dela há mais três secretários de Estado na mesma situação. Serão uma espécie de secretários de Estado sombra?
Eu vou protestar a nível oficial. Quanto mais simplex mais devagar as coisas andam. Para além da lentidão da Justiça e do atraso nos certificados para as pessoas começarem a receber a reforma, agora temos a lentidão do fotógrafo oficial? Será que ele ainda usa máquina com rolo e não encontra nenhuma loja que faça a revelação?
Sei que há estrangeiros, por exemplo, que já pediram a nacionalidade portuguesa há dois anos e que continuam à espera mas a nossa secretária de Estado da Regionalização não é estrangeira e não pediu a nacionalidade portuguesa, ou será que a aldeia de Casais Revelhos, em Abrantes, foi conquistada e ela agora é espanhola?
Saudações sambásticas
Manuel Serra d’Aire

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