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Canto Firme é a escola de música de Tomar
Hugo Teodoro, Simão Francisco e Tiago Rosa são professores da Canto Firme e membros da direcção

Canto Firme é a escola de música de Tomar

Associação celebrou 39º aniversário e quer continuar a fazer coisas novas que possam ligar as pessoas à arte. Associação Canto Firme de Tomar assinalou o 39º aniversário com a já tradicional “Festa da Música”. Dirigentes da associação consideram que uma região sem cultura perde a sua identidade.

A Canto Firme de Tomar quer aumentar a oferta de espectáculos para a população da região do Médio Tejo, inovando e mostrando coisas novas que possam ligar as pessoas à cultura. “Uma região sem cultura perde a sua identidade”, considera Simão Francisco, presidente da direcção da Canto Firme.
A associação, que também é uma escola de música, com cursos profissionais, celebrou há cerca de um mês o seu 39º aniversário com a sua já tradicional “Festa da Música”, onde alunos e professores mostram o resultado do seu trabalho realizado ao longo do ano. “A iniciativa é o sinal que a Canto Firme está viva e tem muita vontade de continuar a trabalhar. A alegria com que estes jovens se apresentam significa que o trabalho é bem feito”, sublinha Simão Francisco.
O MIRANTE conversou com Simão Francisco e Tiago Rosa, presidente e tesoureiro da associação desde 2014 e também professores da Canto Firme há uma década. Hugo Ribeiro dá aulas na associação desde 2008 e é director pedagógico há cerca de dois anos. Há cerca de cinco anos Simão Francisco, Tiago Rosa e os restantes membros da direcção arregaçaram mangas e lutaram pelo seus posto de trabalho e dos seus colegas. “Quando chegámos à direcção a Canto Firme estava numa situação financeira frágil, a precisar de uma nova dinâmica e conseguimos, com muito trabalho, dar a volta”, explica o presidente da direcção.
Tiago Rosa salienta que a situação financeira frágil em que a Canto Firme se encontrava não se deveu a má gestão das anteriores direcções mas de atrasos nos pagamentos por parte do Ministério da Educação. “Durante quatro ou cinco anos os atrasos nos pagamentos das tranches eram consecutivos e eram atrasos de seis, sete meses, o que fez com que a Canto Firme, que tinha feito um investimento grande na construção do edifício onde funciona a associação e estava a pagá-lo, tenha tido que se endividar para manter a escola oficial em funcionamento. Isso trouxe problemas e fez com que se criasse um buraco financeiro que não era culpa de quem geria mas sim de quem não pagava”, explica o tesoureiro.
Com as contas mais equilibradas, a direcção da Canto Firme olha para o futuro com esperança. Projectos não lhes faltam. Há três anos criaram a Orquestra Sinfónica de Tomar e os três espectáculos que fizeram esgotaram. Com o apoio da Câmara de Tomar vai passar a apresentar-se duas vezes por ano.
A Orquestra de Sopros do Médio Tejo foi criada há cerca de 15 anos e permite a formação de jovens instrumentistas e a realização de dois estágios por ano, um nas férias da Páscoa e outro no Verão. “Recebemos cerca de 120 jovens em cada estágio e contamos sempre com a presença de maestros da casa ou convidados. No Verão temos sempre um maestro profissional para que a experiência possa ser ainda mais enriquecedora”, conta o director pedagógico, Hugo Ribeiro.

“QUEREMOS CRIAR BONS AMANTES DE MÚSICA”
No ensino da música, a Canto Firme tem um total de 362 alunos, de todas as idades, desde a música para bebés às aulas para alunos do ensino básico, secundário e profissional. Além disso, têm o coro da Canto Firme em que qualquer pessoa pode participar. O elemento mais velho do coro tem 81 anos. Também têm aulas de jazz. “Mais do que criar bons profissionais queremos criar bons amantes de música. Mais importante do que cativar jovens para a música é apaixonar aqueles que querem estudar música. É esse o nosso objectivo. Também tentamos criar relações de família na nossa escola. Temos alguns casos em que os filhos vêm aprender e depois os pais também vêm”, refere Simão Francisco.

Fundação oferece carrinha de nove lugares

A Canto Firme vai receber, no segundo semestre deste ano, uma carrinha de nove lugares, oferecida pela Fundação Montepio. A associação candidatou-se ao Projecto Frota Solidária da Fundação e entre 1500 candidaturas foi uma das 25 aprovadas. “É um grande presente para a Canto Firme pois esta carrinha vai criar um dinamismo diferente. Podemos transportar alunos para os espectáculos, carregar instrumentos. Vai ser uma ajuda muito grande”, afirma Tiago Rosa. A direcção da Canto Firme elogia também o apoio da Câmara de Tomar que, garante, ser muito importante para conseguirem desenvolver as suas actividades fora de portas.

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