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Póvoa de Santa Iria é um berço de lutadores com muito talento
Marisa Ribeiro, Ruben Ribeiro e Michael Ferreira são três dos rostos da Michael Team Loyos Fighting

Póvoa de Santa Iria é um berço de lutadores com muito talento

Associação Michael Team Loyos Fighting está a dar nas vistas no taekwondo e kickboxing. Fechou a última época com cinco campeões nacionais e regionais de kickboxing e uma campeã distrital de taekwondo. A Michael Team Loyos Fighting tem uma década de existência e vem formando atletas de topo numa modalidade que muitos ainda desconhecem.

Há seis anos consecutivos que a Michael Team Loyos Fighting (MTLF), da Póvoa de Santa Iria, é uma das revelações da gala de mérito desportivo promovida pela Câmara de Vila Franca de Xira e este ano voltou a não ser excepção, depois de ter dado nas vistas com cinco campeões nacionais e regionais de kickboxing e uma campeã distrital de taekwondo na última época.
Os dirigentes garantem que a Póvoa é uma cidade cheia de atletas com potencial desportivo e por isso querem promover um acesso fácil a estas duas modalidades de combate. Modalidades que, dizem, ajudam os mais novos a crescer, ser mais autónomos e a sentirem-se mais seguros na rua.
Michael Ferreira, que vive e trabalha na Póvoa, é o pai da associação. Nasceu na Alemanha e veio para Portugal com 7 anos, altura em que começou a praticar várias artes marciais, entre elas o karaté, judo, taekwondo e kickboxing. O nome Loyos da associação vem dos seus dois mestres, que foram os primeiros no país a obter o cinturão negro da modalidade. A associação tem crescido e actualmente conta com mais de uma centena de atletas, sobretudo dos escalões de formação, entre os 4 e os 13 anos, que treinam em cinco espaços diferentes na cidade. A ambição futura dos dirigentes é vir a encontrar uma sede própria onde se possam estabelecer.
“Há um rigor muito apurado nesta modalidade. Temos regras dentro do nosso espaço de treino, como a saudação e respeito mútuo. É um trabalho de treino muito individual, cada um combate individualmente nas competições. Isto exige muita dedicação, esforço e amor à camisola. Muitos fins -de-semana fora de casa, muitos sacrifícios e apoio dos pais e atletas. É isso que nos permite ter este palmarés significativo”, conta Michael Ferreira a O MIRANTE.
O dirigente garante que apesar de se tratar de desportos de combate são bem menos violentos que o futebol. “O futebol provoca muito mais lesões que o taekwondo e o kickboxing. Aqui eles treinam sempre protegidos e equipados com protecções. Acima de tudo é importante tirá-los da frente da televisão e das consolas”, refere.
Um dos problemas que os responsáveis da MTLF identificam é a vontade dos pais em meter os filhos em diversas actividades desportivas em simultâneo. “É importante praticar desporto mas quantidade não é qualidade. Tenho atletas que ao mesmo tempo jogam também futebol e praticam natação. Quando saem da natação chegam aqui ao treino cansados. Isso são decisões dos pais e do atleta mas os meus atletas de competição não podem fazer isso. Têm de se dedicar a uma só modalidade”, alerta.
Michael Ferreira diz que a Póvoa é uma cidade dormitório e, como tal, ainda há muito trabalho a fazer para tirar os jovens de casa. “A Póvoa é um berço de grandes lutadores e há muito talento à solta”, confessa.

A caminho do tri

Ruben Ribeiro, 15 anos, é da Póvoa de Santa Iria e um dos atletas mais medalhados da equipa. É bicampeão nacional de kickboxing e vai este ano tentar alcançar o tricampeonato. A esses dois títulos somam-se outros de campeão e vice-campeão distrital. Quando tinha seis anos era muito enérgico e foi a mãe, Marisa Ribeiro, também ela atleta na MTLF, que se lembrou de o pôr a praticar a modalidade. Ruben cresceu, ganhou disciplina e vai fazer o exame final de obtenção de cinto negro em taekwondo este ano. “Aprende-se mais nas derrotas do que nas vitórias, é isso que nos ajuda a crescer e a ser melhores todos os dias”, conta a O MIRANTE.

Póvoa de Santa Iria é um berço de lutadores com muito talento

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