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Ex-trabalhadores da Prado Karton de Tomar unem-se para procurar investidores
A Fábrica de Papel do Prado nos tempos em que ainda laborava

Ex-trabalhadores da Prado Karton de Tomar unem-se para procurar investidores

Empresa encontra-se em processo de insolvência e há sucateiros interessados nas instalações. Presidente da Câmara de Tomar confirma que antigos funcionários apresentaram estudo de viabilidade e querem recuperar empresa. Sucateiro apresentou proposta para comprar empresa em leilão.

Um grupo de ex-trabalhadores da Prado Karton (Fábrica do Papel do Prado) apresentou à Câmara de Tomar um estudo de viabilidade para a antiga fábrica que está em processo de insolvência. A informação foi dada a O MIRANTE pela presidente do município, Anabela Freitas (PS), que já reuniu com os trabalhadores e definiram uma estratégia para tentar recuperar a antiga fábrica do papel, que encerrou em 2017.
“O grupo de trabalhadores já pediu ajuda à Nersant, que os ajudou a criar o plano de negócios de revitalização da empresa. O que combinei com os trabalhadores foi reunir em primeiro lugar com a Nersant, porque temos que ir à procura de investidores e a associação empresarial é a melhor solução para ajudar”, disse a autarca.
A Câmara de Tomar está também a marcar reuniões com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Secretaria de Estado da Indústria e com o AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal). “Queremos reunir com o AICEP porque os investidores estrangeiros que querem investir em Portugal contactam esta entidade. A intenção é que qualquer investidor possa apostar nas instalações da antiga fábrica de papel para que possa ser retomada actividade naquele espaço”, sublinhou a autarca.
Anabela Freitas confirmou que apareceram propostas de dois sucateiros apresentadas à leiloeira Domus Legis, no processo de venda da Prado Karton, que tinha um preço-base de três milhões e 60 mil euros. Uma das propostas foi rejeitada porque o valor apresentado foi abaixo do valor mínimo. A outra proposta, no valor de um milhão e 520 mil euros, foi aceite. “Este foi um dos motivos pelos quais o grupo de trabalhadores se juntou, porque não quer que a empresa seja ‘desmantelada’. Querem um projecto que possa revitalizar aquele edifício e possa criar postos de trabalho que são sempre precisos”, realçou a presidente do município de Tomar.

Administração da empresa pediu insolvência em 2017
Em 2017 a administração da Prado Karton decidiu avançar com o pedido de insolvência da sociedade, depois de não ter sido possível apresentar um plano de recuperação que garantisse a sua viabilidade, anunciou na altura a empresa de cartão de Tomar.
Desde que a administração entrou em funções, em Abril de 2016, “foi implementado um processo de reestruturação, que implicou uma injecção de fundos de mais de dois milhões de euros, nomeadamente do accionista, possibilitando o retomar da actividade industrial que se encontrava parada há mais de cinco meses, bem como desenvolver uma nova oferta de produtos de maior valor acrescentado da gama ‘kraft’ (tipo de papel), reconquistar clientes através de um significativo investimento comercial e financiar a tesouraria e actividade corrente, assegurando-se a manutenção de 72 postos de trabalho”.
No entanto, “apesar do crescimento da actividade e da melhoria operacional, a empresa continuou a apresentar prejuízos significativos, fundamentalmente, justificados pela inesperada evolução gravosa das condições de mercado”.

Ex-trabalhadores da Prado Karton de Tomar unem-se para procurar investidores

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