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Golfe continua a crescer em Vila Franca de Xira mesmo sem existir um campo de treino
Fernando Carvalho e Tiago Miguel são dois dos rostos do Xira Golfe, Clube de Golfe de Vila Franca de Xira que treina em Santo Estêvão (Benavente) e está sediado em Alverca

Golfe continua a crescer em Vila Franca de Xira mesmo sem existir um campo de treino

Clube de Golfe de Vila Franca de Xira é o embaixador da modalidade na região ribatejana. Associação tem o maior quadro competitivo da grande Lisboa e conta com vários campeões nacionais. Foi há onze anos que o Xira Golfe nasceu em Alverca – onde ainda está sediado - e o crescimento não tem parado, tendo já mais de uma centena de praticantes. Sem campo próprio, recorre aos campos de golfe de Santo Estêvão, no vizinho concelho de Benavente.

Aproximar o golfe da população do concelho de Vila Franca de Xira e da região, desmistificar a ideia que é um desporto para elites e fomentar a paixão pela modalidade nos mais novos é o objectivo do Xira Golfe – Clube de Golfe de Vila Franca de Xira, sediado em Alverca. Um clube que nasceu há onze anos com a premissa de agregar os vários apaixonados pela modalidade e que tem crescido para lá de todas as expectativas dos dirigentes.
Além de ter uma das principais escolas de formação de golfe da região, o clube também soma no seu palmarés vários campeões nacionais de quarta categoria. Fernando Carvalho, 63 anos, é investigador científico e vive em Alverca há três décadas. Foi um dos fundadores do clube e actual director-geral. “Quando fundámos o clube foi com a percepção que o concelho era daqueles que, da grande Lisboa, mais longe estava de um campo de golfe. As coisas não tinham de ser assim. Mais do que embaixadores do golfe quisemos ser trabalhadores da modalidade, dá-la a conhecer a todos”, explica a
O MIRANTE.
Todos os anos o clube promove 30 competições, sendo que algumas provas são exclusivas para os sócios, que já são mais de centena e meia, 91 deles federados. A falta de divulgação da modalidade junto dos jovens é um dos principais lamentos do dirigente, já que muita gente ainda pensa que o golfe é um desporto para ricos. “Há muito pouca divulgação junto dos jovens. A Federação Portuguesa de Golfe (FPG) está a tentar fazer esse trabalho mas tem de ser muito mais eficaz para ter resultados. Quem vem praticar golfe, por norma, é quem já passou a fase da vida de lutar contra si próprio e os outros. Acima de tudo é a superação pessoal. Não é um desporto mais caro do que outros desportos de pavilhão”, garante.
Apesar de nunca ser tarde para aprender, não é menos verdade que não se pode esquecer que jogar implica, por exemplo, numa volta de 9 buracos (dos 18 que compõem a totalidade de um percurso) uma caminhada a rondar os quatro quilómetros. “Queremos aproximar as pessoas da região ao golfe. Já fizemos contactos com vários agrupamentos e fomos dar aulas gratuitas nas escolas. Dos mais de 30 miúdos que começaram connosco há seis que continuam a praticar. O golfe é um desporto de natureza e muito bom para termos noção das nossas limitações”, explica. Qualquer pessoa que queira ter aulas não precisa de comprar logo o material.

À espera do sonho
Um dos sonhos do clube passa pela construção de um campo de treino para permitir que os mais novos se iniciem na modalidade sem terem de sair do concelho. Actualmente o clube tem sido obrigado a dar aulas e a jogar nos três campos de golfe que existem em Santo Estêvão: o Santo Estêvão Golf e a Ribagolf 1 e 2. Têm havido contactos com a Câmara de Vila Franca de Xira visando encontrar locais onde construir a escola, mas sem sucesso.
“Sugerimos à câmara vários locais e o último contacto terminou com uma proposta que apresentámos em Setembro de 2018 para implementação de uma área de treino perto da Quinta da Coutada. Entregámos um plano com uma área que permitia fazer até nove buracos, um campo curto mas rápido de jogar para os jovens treinarem. Inexplicavelmente a resposta que recebemos da câmara até preferimos esquecer que existiu. Nem era uma questão de pagar, isso era de segunda ordem. Surpreendeu-nos muito dizerem que não estavam interessados. Lamentamos porque não houve sequer espaço para vermos como melhorar a proposta depois de até ter sido a câmara a pedir-nos sugestões de locais”, lamenta Fernando Carvalho.
A O MIRANTE, a Câmara de Vila Franca de Xira explica que depois de analisar o projecto do clube verificou que o investimento financeiro associado ao projecto era “muito avultado”, o que obrigou o município “a equacionar a sua possibilidade de execução no curto prazo em face de outros projectos na área do desporto e lazer” que considera mais prioritários.

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