Os vinte jovens que participaram na missão internacional Jovens Repórteres do Ambiente dizem ter ficado fãs de Coruche pela sua pacatez, pela simpatia das pessoas e pelas suas tradições, como a arte de trabalhar a cortiça. Esta foi a primeira vez que esses jovens de Portugal, Turquia, Grécia e Malta estiveram no concelho e contactaram com as gentes de Coruche.
A missão Jovens Repórteres do Ambiente, iniciativa da Associação Bandeira Azul da Europa, decorreu de 2 e 6 de Abril. Durante esses dias os jovens estiveram alojados na Herdade da Agolada de Cima e realizaram várias reportagens, sempre na perspectiva de valorização do ambiente.
Susana Santa Rita tem 18 anos e veio de Mafra. A estudante disse estar maravilhada com essa terra, especialmente por ter bastantes espaços verdes e ser tranquila. Não é a primeira vez que a jovem participa na missão Jovens Repórteres do Ambiente. Para Susana estas oportunidades são únicas, pois consegue-se aprender muito. “Às vezes não temos noção, quando vamos às compras, do que está por detrás de um pacote de arroz. A missão tem-me ajudado bastante nesse sentido chamando a atenção para o ambiente”, revela a jovem de Mafra.
Também Eduardo Veiga, de 17 anos, natural de Sever de Vouga, faz um balanço positivo da sua estadia em Coruche. “é um concelho que tem um tecido empresarial único no país e tem muito potencial. Além disso, as pessoas são muito carinhosas e dão de tudo para acolher quem vem de fora”, confessa o estudante, mostrando-se satisfeito com a primeira experiência como Jovem Repórter do Ambiente. “Coruche tem realmente uma preocupação ambiental que outros territórios do país não têm e é bom termos contacto com estas realidades de forma e conseguirmos mudar mentalidades”, considerou.
Joana Tavares, de 14 anos, natural da Sertã, é das mais novas do grupo de Jovens Repórteres do Ambiente. Já tinha ouvido falar de Coruche, mas ficou a conhecer as tradições desse concelho, especialmente a arte da cortiça. “É muito interessante descobrir como este material chega até nós, não só em forma de rolhas como em carteiras ou até em colares”, adianta a jovem. A estrear-se nestas andanças, Joana admite que ainda não sabe se quer seguir jornalismo no futuro, mas garante que a experiência foi muito gratificante pela partilha de conhecimentos.