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Polémicas e suspeitas multiplicam-se no Politécnico de Santarém
José Mira Potes tomou posse como presidente do IPSantarém em Setembro de 2018

Polémicas e suspeitas multiplicam-se no Politécnico de Santarém

A não acreditação de um dos principais cursos da Escola Superior de Gestão de Santarém não mereceu comentários do presidente do instituto, que é também visado em denúncias anónimas que falam em violação do regime de exclusividade. José Mira Potes também não esclareceu essa questão.

Passados sete meses da sua tomada de posse, não se pode dizer que o presidente do Instituto Politécnico de Santarém (IPSantarém), José Mira Potes, esteja a ter uma vida fácil nessas funções. No final de Março ficou a saber-se que dois cursos da Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém (licenciatura em Marketing e Publicidade e mestrado em Marketing) não tiveram a sua acreditação renovada pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior. O que implica que no próximo ano lectivo esses cursos não possam receber matrículas para o 1º ano, com a consequente perda de alunos e também de prestígio que esse cenário acarreta.
O MIRANTE contactou nas duas últimas semanas a presidência do IPSantarém, com questões colocadas via email, para procurar obter comentários e esclarecimentos oficiais relativamente a essa desagradável situação mas, apesar da insistência, nenhuma resposta nos chegou até ao fecho desta edição. Uma opção que, na anterior gestão de Jorge Justino, também era por vezes utilizada pelos responsáveis do IPSantarém quando se tratava de casos mais incómodos. O director da Escola de Gestão também não respondeu ao questionário que lhe enviámos via correio electrónico há mais de uma semana.
Outra semelhança com a história recente é que a turbulência interna continua, nomeadamente na Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém (ESGTS). Para além de haver professores da área do Marketing a sugerirem a demissão do director da escola por causa da não acreditação dos cursos, há denúncias feitas a diversas entidades (entre elas o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e a Procuradoria Geral da República) a contestar o processo de avaliação de docentes que se encontra em curso, bem como a contratação de alguns professores.
Já nos mandatos de Jorge Justino como presidente do Politécnico de Santarém eram frequentes as cartas com denúncias anónimas a questionarem a legalidade de certos procedimentos. Foi uma denúncia anónima, por exemplo, que levou a Inspecção Geral da Educação e Ciência a detectar irregularidades no pagamento de horas extraordinárias a professores em regime de exclusividade na Escola de Gestão. Situação que o Tribunal de Contas confirmaria mais tarde estenderem-se também à Escola de Desporto.
José Mira Potes também é visado em denúncias anónimas, nomeadamente em relação à alegada quebra do regime de exclusividade por ser sócio de uma empresa agro-pecuária e de outra de turismo rural das quais, alegadamente, receberia proveitos em espécie. O MIRANTE questionou também José Mira Potes sobre essa situação em concreto, pretendendo clarificar os fundamentos da denúncia feita a várias entidades. O presidente do IPSantarém também neste caso optou por não responder.

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