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Câmara de Torres Novas abre concurso para fazer obras com que se comprometeu há vinte anos
Pedro Ferreira vai ter que acatar ordem do tribunal que condenou má gestão de António Rodrigues que prejudicou uma família que cedeu os terrenos para o novo hospital

Câmara de Torres Novas abre concurso para fazer obras com que se comprometeu há vinte anos

Município vai pagar as infra-estruturas básicas numa urbanização privada, como contrapartida pela cedência de terrenos, por parte de particulares, para o Hospital Rainha Santa Isabel há mais de vinte anos.

A Câmara de Torres Novas decidiu abrir concurso para a construção das infraestruturas de uma urbanização que tem prevista a edificação de 16 prédios de seis pisos, num total de 180 apartamentos, junto ao Hospital Rainha Santa Isabel. Este procedimento resulta de uma decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria, cumprindo-se assim o acordo estabelecido com os proprietários que cederam terrenos para a construção do hospital da cidade, há quase 20 anos. A decisão para abertura do procedimento concursal foi aprovada, por maioria, com a abstenção do Bloco de Esquerda (BE), na sexta-feira, 12 de Abril, em reunião de câmara extraordinária.
A vereadora do Bloco de Esquerda (BE), Helena Pinto, lamentou este episódio, uma vez que não vê necessidade de, neste momento, a câmara estar a fomentar urbanizações que não são necessárias. “Há cerca de três mil casas fechadas actualmente, no concelho. Esta obra não faz falta. Este é um exemplo claro de como se comprometeram dinheiros públicos e agora temos que fazer o que não faz falta nenhuma”, disse.
O presidente do município, Pedro Ferreira (PS), não rebateu os argumentos de Helena Pinto, referindo apenas que o pagamento do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) que a câmara vai arrecadar com essa urbanização será “bastante significativo”.
Tal como O MIRANTE tinha já noticiado, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria tinha decidido que a Câmara de Torres Novas ficava obrigada a construir as infra-estruturas básicas com que se tinha comprometido há cerca de 20 anos, quando alguns proprietários cederam terrenos para a construção do Hospital Rainha Santa Isabel.
Na altura tinha ficado acordado que em contrapartida da cedência dos terrenos, a autarquia viabilizava a construção, naquela zona, dos 16 blocos de seis pisos e construía infra-estruturas básicas, como redes de água e esgotos e acessos.
Uma das famílias avançou para tribunal devido à falta de cumprimento e a autarquia ficou obrigada a pagar cinco mil euros mensais, até a primeira fase da obra estar concluída o que se prevê até Dezembro de 2019, embora esse prazo se possa estender até Abril de 2020, dependendo do decorrer da obra. A câmara está desde Julho de 2018 a efectuar esse pagamento à família lesada. A primeira fase da obra está orçada em cerca de 600 mil euros e a segunda em outros 600 mil.
Este é um processo que vem dos tempos do anterior executivo, em que o socialista António Rodrigues era o presidente e Pedro Ferreira seu vice-presidente.

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