O primeiro-ministro António Costa visitou as instalações do Centro de Formação do IEFP de Tomar e falou com formandos dos vários cursos. Discursou no final, onde falou do Programa Certifica, e optou por não falar à comunicação social que o acompanhou durante uma manhã.
Dalila Manquinho, 53 anos, trabalhava há 36 anos na área da restauração e hotelaria quando sentiu necessidade de se qualificar e por isso optou pelo Programa Certifica do Centro de Formação do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Tomar. Concluiu o 12º ano e depois fez uma certificação em Pastelaria e Cozinha. “Este programa é uma mais-valia para quem o faz e dá-nos a oportunidade de melhorar a nossa vida. As pessoas pensam que quando chegam aos 50 anos as portas do trabalho se fecham mas não é verdade. Tenho propostas de trabalho na área na qual me formei”, afirmou, no auditório do IEFP.
Na primeira fila estava o primeiro-ministro António Costa, que juntamente com os ministros da Solidariedade, Vieira da Silva, e da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e alguns deputados da Assembleia da República, visitaram o Centro de Formação do IEFP de Tomar, na manhã de segunda-feira, 15 de Abril, para assinalar o segundo aniversário do Programa Certifica, criado pelo Governo há dois anos e que tem como objectivo educar e formar adultos. António Costa visitou as instalações e os vários cursos ali ministrados, tendo conversado com formadores e formandos das áreas de Soldadura, Electrónica, Costura, Cozinha e Pastelaria.
No final de mais de uma hora de visita pelas instalações, a comitiva entrou no auditório, que estava cheio, onde se ouviram intervenções rápidas de formandos e parceiros deste projecto que falaram das vantagens do Programa Certifica. Na hora dos discursos António Costa elogiou os formandos e referiu que o maior défice que o país acumulou ao longo de gerações foi o défice do conhecimento. “A área onde há maior fosso com os restantes países da Europa é na qualificação. Esta é a geração mais bem qualificada do país, porque as outras eram menos qualificadas. No entanto, não são tão qualificadas quanto as mesmas gerações europeias. Temos que vencer essa realidade”, disse.
A presidente da Câmara de Tomar, Anabela Freitas (PS), sublinhou que durante alguns anos não foi reconhecido o papel da formação em Portugal. “O Programa Qualifica veio, não só, dar educação como oportunidade de qualificar as pessoas e podermos ficar no nosso país a trabalhar”, afirmou durante a sua intervenção.