Nas autarquias locais também há muitos casos de nomeação de familiares para determinados cargos. Não é só no Governo. E há outros casos graves de falta de ética que, infelizmente, não indignam muita gente, porque a falta de ética parece ser uma coisa normal.
Vem-me sempre à ideia que na Chamusca, por exemplo, após a vitória nas eleições para a câmara, o presidente socialista Paulo Queimado nomeou para seu chefe de gabinete o Presidente da Assembleia Municipal e seu camarada de partido, Carlos Velez.
Enfim... o presidente de um órgão autárquico como a Assembleia Municipal, cuja missão é fiscalizar a actividade da câmara, passou a trabalhar com quem devia fiscalizar. (A bizarra situação só terminou porque os dois se zangaram).
Houve e há outros casos. No Entroncamento, por exemplo, o líder da bancada do PS na Assembleia Municipal, Mário Balsa, é o chefe de gabinete do presidente da câmara eleito pelo PS, Jorge Faria. Já que andam sempre a mudar leis porque não criam uma incompatibilidade para estes casos já que a falta de vergonha não os resolve?
A mim, o que mais me choca, para além da falta de decoro e de ética é a passividade dos outros eleitos da mesma bancada. Depois querem que respeitemos os políticos?? A sério?!!! Alguém acha que tamanha falta de ética e enorme descaramento, merecem algum respeito??!!!!
Marília H. Dimas