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Câmara de Santarém chegou-se à frente e está a pagar por isso

As atribuladas obras nas barreiras de Santarém e o fecho ao trânsito da estrada nacional que liga a cidade à centenária ponte D. Luís têm dado muito que falar entre os políticos locais, com a câmara a rejeitar responsabilidades quanto à demora na reabertura da estrada, que pertence ao Estado central, e a oposição a criticar a câmara pelo arrastar das obras e sucessivas contrariedades que se têm verificado.
Também acho que houve aqui alguma inabilidade política por parte da Câmara de Santarém, ou melhor, um excessivo voluntarismo ao decidir substituir-se ao Estado (leia-se Governo) na intervenção nas encostas. Ao liderar o processo, com o intuito de lhe dar celeridade, a autarquia assumiu o ónus de ser quem ficava mal na fotografia caso alguma coisa corresse mal, como tem corrido.
Obviamente, se o município tivesse ficado quieto à espera que o Governo avançasse com o processo, corria-se o risco de as obras ainda nem sequer terem começado. Basta lembrar várias obras faladas há anos para a zona de Santarém, como o desvio da Linha do Norte ou a construção da variante da Senhora da Saúde, para perceber que esperar pela intervenção do Estado não é bom negócio. E, claro, a câmara seria criticada na mesma pela oposição e pela opinião pública se não se envolvesse a sério nas intervenções nas barreiras e adoptasse uma postura de esperar para ver. Agora, está a pagar o preço político por se ter chegado à frente.
Ernesto Folgosinho

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