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Autarca de Vila Franca de Xira indignado com declarações de sindicato
Alberto Mesquita não esconde a sua revolta pelo que diz ser mentiras avançadas pelo sindicato

Autarca de Vila Franca de Xira indignado com declarações de sindicato

Em causa estão trabalhadores de escolas contratados a prazo que podem ficar sem emprego no final do ano lectivo. Diálogo entre as partes começou mal e o presidente do município não esconde a sua indignação.

Uma “autêntica mentira”. É desta forma que o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), reage à recente comunicação avançada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFP), que o acusou de andar de escola em escola a avisar vários trabalhadores contratados a termo que não iriam ter emprego no final do ano lectivo.
A missiva do sindicato foi enviada ao primeiro-ministro, ao gabinete do ministro da Educação e bancadas parlamentares, mas não ao próprio Alberto Mesquita. O autarca está indignado, acusa o sindicato de “uma tremenda falta de respeito” e de veicular informação que não corresponde à verdade e já respondeu à letra dizendo que não aceita lições de ninguém sobre a defesa dos direitos dos trabalhadores. A bronca minou as relações entre as duas entidades, a começar por uma reunião que estava marcada para sexta-feira, 24 de Maio, e que foi de imediato desmarcada pelo autarca.
Na origem da missiva emitida pelo sindicato está uma única reunião realizada na Secundária Alves Redol em Vila Franca de Xira, a pedido do Agrupamento de Escolas, onde esteve presente Alberto Mesquita que explicou ao pessoal não docente como será realizada a transferência dos trabalhadores para o quadro do município, no âmbito da descentralização de competências. No total, em todo o concelho, serão perto de 600 os trabalhadores que vão migrar para os serviços da câmara, meia centena deles em posição precária e contratados a prazo pelo ministério.
O problema assenta, de momento, nesses auxiliares de acção educativa contratados a prazo para assegurar os rácios mínimos de funcionamento das escolas. A câmara está contra a precariedade e diz que a responsabilidade da resolução do assunto compete ao Ministério da Educação, que ainda não deu resposta aos Agrupamentos de Escolas. Caso nada seja decidido, a maioria dos precários vai mesmo ficar sem emprego até ao final do ano lectivo.
O autarca enviou entretanto um e-mail para o sindicato manifestando “a mais veemente repulsa” da câmara pelo conteúdo do texto, “por ser totalmente falso e pela má fé pela forma como o mesmo está instruído”, ou seja, enviado para vários gabinetes excepto o do presidente de Vila Franca de Xira.

Sindicato diz que os equívocos se tratam cara a cara
No documento, o STFP acusou o autarca de estar a visitar as escolas do concelho a informar os trabalhadores que serão despedidos no final do ano lectivo. Pede que Mesquita compreenda que sem esses funcionários muitas são as escolas sem condições mínimas para abrir no próximo ano lectivo e exige que o ministro da Educação articule com as câmaras formas de impedir “este despedimento anunciado”.
Contactado por O MIRANTE, o STFP admite dar razão ao autarca no que diz respeito a não ter enviado o documento com conhecimento para o seu gabinete. Mas Luís Esteves, dirigente daquele sindicato, diz que não imagina as trabalhadoras a inventar as queixas que fizeram chegar àquele organismo. “Não podíamos ouvir as queixas das trabalhadoras e não contactar as diferentes entidades para perceber o que se passava. Se o despedimento se vier a concretizar não colocamos a responsabilidade toda só na câmara municipal”, explica. O sindicato diz-se disponível para continuar a dialogar com a câmara mas recusa a ideia das relações estarem congeladas, já que as mesmas só agora iriam começar.

Autarca de Vila Franca de Xira indignado com declarações de sindicato

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