uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Investigador Miguel Botas Castanho quer mais cientistas na Assembleia da República
Miguel Botas Castanho esteve “À mesa com” familiares, amigos e docentes a debater ciência

Investigador Miguel Botas Castanho quer mais cientistas na Assembleia da República

O investigador escalabitano disse numa tertúlia realizada em Santarém que é vergonhoso ter uma Comissão Parlamentar de Educação e Ciência que tem “zero conhecimento” da área que debate e para a qual aprova leis.

O premiado investigador em bioquímica Miguel Botas Castanho, natural e residente em Santarém, diz que é preciso haver mais cientistas no Parlamento, para que não aprovem leis baseadas “na última moda”, mas antes baseadas em estudos científicos reais. Num tom muito crítico, o investigador aponta ainda que é “vergonhoso” ter uma Comissão Parlamentar de Educação e Ciência que tem “zero conhecimento” da área que debate e para a qual aprova leis. “Não existe um único elemento com conhecimento científico, sabem dar uns palpites e pouco mais”, critica o cientista.
As declarações foram feitas durante uma tertúlia organizada pelo Círculo Cultural Scalabitano, “À mesa com”, na noite de sexta-feira, 24 de Maio, que juntou cerca de 40 participantes num jantar que decorreu no Santarém Hotel. Entre familiares, amigos e docentes, na grande maioria já reformados, Miguel Botas Castanho deixou ainda algumas ideias daquilo que poderá ser a “batalha” da ciência e do que é preciso para conseguir evoluir nesta área em Portugal.
“É preciso querer. Querer em várias vertentes. E, uma delas, é querer a nível político, com políticas que ajudem a fazer acontecer, investir na Educação e haver sensibilidade por parte dos governantes para tratarem as questões da ciência e da tecnologia com mais seriedade”, referiu o investigador.
A medicina preventiva e um maior conhecimento sobre a questão do envelhecimento foram áreas apontadas como das maiores dificuldades com que a ciência terá que se bater.
Miguel Botas Castanho defende que a medicina orientada para a medicina da saúde e não da doença é outra meta que se coloca e um dos grandes objectivos da ciência no século XXI. As doenças do cérebro e o ressurgimento de doenças infectocontagiosas antigas são outras duas áreas onde se deve apostar. “Sabe-se pouco sobre o cérebro. Os estudos que existem sobre o cérebro são de uma pobreza enorme”, considera.

Investigador Miguel Botas Castanho quer mais cientistas na Assembleia da República

Mais Notícias

    A carregar...