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Coima de estacionamento às 21h40 num local espaçoso deserto e morto, em Coruche

Hoje, 31 de Maio, ao chegar a casa fui surpreendida por uma coima, por ter estacionado, passo a citar: “...em passeio, local destinado ao trânsito de peões”. O referido local é na Rua do Sorraia, em Coruche, mais precisamente por detrás das bombas da Galp, onde estaciono diversas vezes, quando, por “fatalidade ou sorte”, consigo algum espaço para colocar o carro, sem que tal acto prejudique os peões ou a circulação de outras viaturas.
A lei é para se cumprir! Sou a primeira a defender esse dever. Pagarei a multa mas antes, como desabafo, deixo publicamente registada a minha indignação que se prende com o facto de não existirem espaços suficientes para o estacionamento na vila de Coruche.
Num local amplo que dá acesso a um parque de lazer, com passeios laterais espaçosos e protegidos, onde caberia toda a população a pé, estão atribuídos alguns miseráveis lugares aos habitantes locais e para os visitantes ou turistas sobrarão os “inexistentes”! E com as obras em curso, avizinham-se mais dificuldades.
Eu pergunto a quem de direito - se porventura se dignar a prestar alguma atenção à minha publicação - se querem “ matar” a vila? Onde irá estacionar a mãe ou o pai de família, com carrinhos de bebés, compras e afins? No parque do Sorraia, na outra extremidade da Vila? Onde poderão estacionar turistas que vêm aos restaurantes dentro da vila? Na Fajarda? Onde poderão estacionar idosos para ir às clínicas e farmácias dentro da vila? Onde? Onde?
Coruche é uma terra de belos passeios, ladeados por uma “plantação “ de ferros e blocos de cimento e os automobilistas devem ter muita atenção onde estacionam, nomeadamente àqueles que, como eu, não querendo prejudicar ninguém e procurando um pouco do convívio que a terra ainda pode oferecer são multados às 21h40, quando pararam por momentos o carro, num lugar espaçoso, deserto e morto!
Matem o comércio local. Afastem as pessoas e os turistas da vila. Obriguem-nos a caminhar sob o sol escaldante do Verão que se avizinha, de uma ponta à outra da localidade, porque é lá que “poderá haver” estacionamento. Continuem os sábios e os artistas a decorar os passeios com mais ferro ferrugento e betão! Viva o declínio do turismo!
Solange Rodrigues Duarte

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