A Polícia de Segurança Pública (PSP) interrompeu um funeral, no Cartaxo, por ordem do Ministério Público (MP), na quinta-feira, 30 de Maio. Jaquelina Torcato, de 43 anos, estava em câmara ardente na casa mortuária do Cartaxo, quando agentes da PSP apareceram no local com um mandado para confiscar o corpo.
A situação ocorreu perto das 16h00, momentos antes da hora do funeral, tendo o corpo sido levado para o Gabinete Médico-Legal de Santarém. O corpo foi transportado pela agência funerária Periquito, contratada pelo marido e restantes familiares de Jaquelina Torcato para efectuar as cerimónias fúnebres.
Ao que O MIRANTE apurou esta ordem deveu-se a uma queixa apresentada pela irmã de Jaquelina Torcato, que referiu que ela não era filha biológica pela parte paterna. Questões de partilhas estarão na origem desta denúncia, disse a O MIRANTE fonte próxima da família.
O corpo foi levado e foram recolhidas amostras para testes de ADN, acção que durou pouco tempo, tendo o corpo sido libertado logo no dia seguinte, 31 de Maio. Recorde-se que Jaquelina tinha sido encontrada enforcada na madrugada de 28 de Maio, tendo sido realizada autópsia no dia 29 de Maio.
Esta situação de interrupção de funerais não é única. Em Dezembro de 2017 o velório de Marisa Nunes, de 33 anos, em Fazendas de Almeirim, foi também interrompido por ordem do MP, mas neste caso o corpo não ter sido autopsiado. A jovem faleceu devido a complicações com um exame médico, realizado no Centro Hospitalar de São Francisco e a família apresentou de imediato uma queixa nas autoridades, que obrigaram à realização da autópsia, elemento fundamental para se apurar responsabilidades.