O que punha a funcionar na sua terra que não existe? O parque rodoviário e de táxis está em construção. O mercado municipal penso que em dois meses estará concluído. Nas instalações de ensino as obras também estão adiantadas. Tínhamos a necessidade de um novo quartel da GNR que está em processo de mudanças de instalações. O que fica a faltar é o comércio relacionar-se com as pessoas, porque até os cafés e pastelarias que existem em Alcanena têm horários muito limitados.

É adepto de algum clube? Qual foi a maior “loucura” que fez pelo seu clube?

A minha simpatia é pelo Sporting mas tenho relações com a direcção do Benfica. Só de uma vez levei mais de mil pessoas até ao Estádio da Luz.

Se lhe saísse o Euromilhões qual era a primeira coisa que fazia? Tentava melhorar as situações de familiares e de amigos e a nível do concelho ajudava a terceira idade. Alcanena é pioneira nos passeios com idosos. Fiz os passeios da câmara durante mais de trinta anos e gostava de dar continuidade ao bem-estar das pessoas dessa faixa etária.

Sente-se bem com a sua vida? Sim, gosto da vida que tenho e neste momento sou uma pessoa serena. Tive o prazer de pertencer à organização que foi uma escola para mim, a Câmara Municipal de Alcanena, o que contribui muito para a pessoa que sou hoje. Trabalhei com as crianças, pais e avós, o que faz com que me sinta confortável a falar com qualquer pessoa.

Se pudesse ter um super poder qual escolheria? Gostaria imenso de poder melhorar a qualidade de vida da juventude. Muitos deles são obrigados a ir para fora na procura de melhores condições de vida e trabalho, o que seria de evitar se o governo desse mais incentivos. É uma pena desperdiçar os grandes talentos que temos no nosso país.

É daquelas pessoas que gosta de estacionar o automóvel à porta de todos os locais onde vai? Sim, tenho quase sempre o carro próximo do local onde vou. Quando vou para casa é prático deixá-lo junto a casa para a viatura ser vista, porque tenho o táxi de serviço. Até o podia arrecadar na garagem mas prefiro deixá-lo na rua para ele ser visto e para estar pronto para serviço.

A que petisco não resiste? Durante o dia não tenho a tentação do petisco devido à minha profissão. Quando posso gosto de petiscar e gosto muito de grelhados de peixe e bacalhau.

Qual o alimento que não comia nem que lhe pagassem? Sou um bom garfo, contudo as comidas orientais como o sushi não me atraem. Não provei e não pretendo provar.

Acha que a justiça funciona? Não. Se funcionasse muitos dos que estão presos saíam e muitos que estão fora entravam para a cadeia.

Como é que vive a época dos Santos Populares? Participo nos Santos Populares de Lisboa se me aparecerem clientes para ir. Contudo, prefiro ver em casa, pela televisão.

Gosta mais do campo ou da cidade? Gosto muito mais do campo porque nasci no campo. O campo está sempre presente. Fui obrigado a ter uma ligação forte ao campo, porque a minha primeira profissão foi tractorista.

Os jovens estão motivados para manter as tradições? Temos de reconhecer que a cultura e a educação são muito importantes. Precisamos de conservar as tradições e para isso deveria haver mais condições.

Custa-lhe levantar-se de manhã para ir trabalhar? Eu levanto-me a qualquer hora. Esta semana levantei-me um dia às três da manhã. Tenho essa facilidade de me levantar a qualquer hora mas tenho que tomar um banho frio, seja Verão ou Inverno.

Era capaz de viver sem música? Eu poderia viver sem música. Gosto mais de falar do que ouvir de música, mas ligo o rádio do carro para os clientes.

O que é que nunca fica em casa? O telemóvel, os documentos pessoais e do veículo e o porta-moedas com pelo menos trinta euros de trocos.

Alguma vez deu sangue? Nunca dei sangue, apenas transportei várias pessoas para doarem sangue. No entanto, já precisei de levar uma transfusão de sangue. Com a minha idade já não posso dar. Tenho grande admiração por quem dá.

Qual a sua actividade preferida? Ser taxista. O volante é uma grande paixão. Não me podem tirar o volante um dia que seja.