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Água da rede em Ourém para duas dezenas de habitações
Comitiva liderada pelo presidente do município de Ourém deu uma volta por cinco freguesias do concelho

Água da rede em Ourém para duas dezenas de habitações

Cerca de duas dezenas de habitações, localizadas nas freguesias de Atouguia e Misericórdias, concelho de Ourém, vão ter ligação à rede pública de abastecimento de água pela primeira vez. Depois de muitos anos de espera e centenas de reclamações prevê-se que a situação fique resolvida durante o mês de Fevereiro.

Nas freguesias de Atouguia e Misericórdias, no concelho de Ourém, existem cerca de duas dezenas de casas de família que nunca tiveram água canalizada. A situação vai ficar resolvida em breve, com a ampliação da rede pública de abastecimento de água, fazendo assim com que todas as moradias do concelho passem a usufruir desse serviço.
Na Rua da Tojeira, em Fontainhas da Serra, Atouguia, são seis os fogos que nunca tiveram ligação à rede pública. As moradias pertencem maioritariamente a emigrantes, mas estão habitadas durante todo o ano pelos familiares que cá ficam.
A água utilizada por estas famílias é proveniente de poços, situados nos quintais, ou cisternas, que possuem canalizações que ligam ao interior da casa e que permitem aos residentes cumprirem com as suas necessidades diárias, exceptuando a confecção de alimentos ou para beber. Nesses casos, a água é comprada em garrafões nos supermercados, porque a água dos poços não é potável.
Em Vale do Porto, localidade que pertence à freguesia de Nossa Senhora das Misericórdias, estão a ser realizadas obras de remodelação e ampliação das condutas de água e ramais domiciliários. Ao todo são cerca de 50 residências que vão beneficiar desta intervenção. As deficiências no serviço notam-se especialmente na pressão da água que impede os moradores de realizarem as tarefas domésticas de uma forma mais célere e conveniente.
Em cerca de uma dezena de moradias a água não existe de todo, obrigando os moradores a adoptarem um sistema de utilização de cisternas, tal como acontece em Atouguia. As cisternas têm ligação a uma bomba que depois faz o abastecimento de água para o interior das casas. Assim que as cisternas ficam vazias, os proprietários contratam empresas privadas que vão encher novamente o depósito. É uma situação que prejudica estas famílias porque os custos são mais elevados, garante.
A insistência de uma moradora, que regressou, depois de décadas emigrada, junto da Câmara de Ourém foi uma das chaves para que o problema esteja perto de ser solucionado. Um dos argumentos utilizados pela senhora foi que gostava de ter água em casa porque o marido, já falecido, nunca chegou a usufruir desse serviço e ela não queria que lhe acontecesse o mesmo.
O município está a resolver a questão através da ampliação e remodelação da rede pública de abastecimento de água às moradias em causa, num investimento total estimado em cerca de 200 mil euros e que se prevê estar concluído durante o mês de Fevereiro.
O presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque (PSD), explica a O MIRANTE que este problema se prolonga há mais de uma década, altura em que começaram a chegar as primeiras reclamações por parte dos moradores, e que finalmente vai ficar resolvido proporcionando assim mais qualidade de vida a estas famílias.

Água da rede em Ourém para duas dezenas de habitações

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