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Pandemia faz crescer pedidos de ajuda alimentar na região 
Em Azambuja o número de novos pedidos de ajuda alimentar ascendeu a meia centena

Pandemia faz crescer pedidos de ajuda alimentar na região 

A fome está a voltar à casa de muitas famílias desde que rebentou a pandemia de Covid-19. Municípios têm registado um aumento dos pedidos de alimentação e a tendência é continuarem a subir.

A pandemia de Covid-19 obrigou a um abrandamento forçado da economia fazendo disparar os pedidos de ajuda alimentar na região. Desde que foi decretado o primeiro estado de emergência nacional que o padrão é o mesmo em Azambuja, Vila Franca de Xira, Benavente, Cartaxo e Ourém: há cada vez mais famílias a receber apoio alimentar dos municípios e instituições que integram as respectivas redes sociais.
A Câmara de Azambuja registou uma subida de meia centena de pedidos que vêm engrossar a lista das três centenas de famílias que já eram apoiadas antes de o novo coronavírus virar o mundo do avesso. “O que preocupa é que o impacto da pandemia ainda agora está a começar e já veio agravar a realidade de muitas famílias”, diz a vereadora com o pelouro da Acção Social na Câmara de Azambuja, Sílvia Vítor. E a tendência, teme, “é que os pedidos continuem a aumentar nas próximas semanas”.
Este município está a entregar diariamente ao domicílio refeições prontas, cabazes de alimentos e a distribuir vales de compra de carne e peixe. Cada resposta é adequada a cada situação. O importante é que “as pessoas continuem a ter o que comer”, frisa a vereadora, receando que possam existir famílias a enfrentar situações de fome em silêncio. Por isso é dever de todos “estarem atentos ao vizinho do lado e no caso de terem conhecimento de uma situação destas reportarem-na aos serviços de Acção Social do município (962 085 335)”, alerta a autarca.
Em Vila Franca de Xira, de acordo com informação prestada pelo município, às 479 pessoas singulares e 605 famílias que já eram apoiadas antes da pandemia, juntaram-se mais 125 novos pedidos. A resposta chega por várias vias, mas todas articuladas: através do Programa Operacional de Apoio a Pessoas Mais Carenciadas, Banco Alimentar, Cantina Social e da própria câmara municipal.
Podem beneficiar do apoio alimentar todas as pessoas que residam no concelho e que comprovem situação de carência socioeconómica. O pedido pode ser feito mediante marcação de atendimento no Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social Integrado ou na junta de freguesia da área de residência, explica a autarquia.
No Cartaxo, segundo dados disponibilizados pela câmara municipal, foram 85 as famílias que pediram apoio alimentar desde o início do estado de emergência. Em Ourém o impacto da pandemia levou a que 68 famílias pedissem ajuda alimentar, que está a ser assegurada pelo município, através da entrega de refeições prontas e cabazes de alimentos.
O cenário não muda em Benavente, onde os pedidos têm crescido desde Março, levando a que mais 33 famílias, que se traduzem em 145 pessoas, tenham solicitado e estejam já a receber esse apoio, diz a O MIRANTE a vereadora da Acção Social, Catarina do Vale.
A ajuda já está no terreno, mas vai sofrer novos ajustes para evitar desperdícios e ir ao encontro das necessidades de cada família. Além das refeições prontas que têm sido servidas, as famílias vão poder optar pela entrega de cabazes “ajustados em função do consumo habitual de cada elemento do agregado”, explica a vereadora.
Nos cinco municípios regista-se ainda outra semelhança entre quem requer ajuda: são sobretudo famílias monoparentais e famílias com filhos que tiveram salários reduzidos ou que perderam os rendimentos na sua totalidade. Casos de pessoas despedidas, trabalhadores em regime de lay-off ou de comerciantes que tiveram de encerrar os seus estabelecimentos. Os idosos que auferem baixos rendimentos são também dos grupos populacionais que mais têm solicitado apoio alimentar.

Crianças continuam a receber refeições escolares
O encerramento das escolas decretado pelo Governo trouxe um novo desafio para as famílias carenciadas e com filhos que passaram a ter de fazer mais refeições em casa. Os municípios anteviram isso e continuaram a assegurar as refeições escolares. Vila Franca de Xira está a servir 200 refeições a alunos carenciados, Benavente a 40, Azambuja a 30 e Ourém a 31.

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