Para o presidente da Câmara de Benavente é inegável a urgência no reforço do contingente da GNR e meios de patrulhamento no concelho e é nesse objectivo que diz estar empenhado. Foi desta forma, e depois de anunciar que tem uma reunião agendada com o comando distrital da GNR, que Carlos Coutinho descartou a proposta para a criação de polícia municipal apresentada pela oposição socialista.
A recomendação do PS, apresentada na última reunião do executivo pela vereadora Florbela Parracho, surge na sequência do descontentamento da população face ao ambiente de insegurança em Benavente, que dizem ser provocado por elementos de uma comunidade cigana ali residente. A vereadora argumentou que a polícia municipal seria útil para reforçar o patrulhamento da GNR, que considera ser insuficiente. “Não os vejo apeados, de bicicleta ou de carro”, destacou.
A oposição socialista criticou que os militares sejam vistos a fazer vigilância em supermercados e em obras municipais, quando deviam estar nas ruas a garantir a segurança de pessoas e bens. Em esclarecimento, Carlos Coutinho afirmou que as situações descritas pelos vereadores são “serviços gratificados, em horários de folga” dos militares.
A Assembleia Municipal de Benavente, recorde-se, aprovou recentemente uma moção onde é exigido ao Ministério da Administração Interna e Comando Geral da GNR “o reforço urgente do número de efectivos” nos postos da GNR de Benavente e Samora Correia. O número de militares, refere o documento, é de tal forma insuficiente que obriga a que o socorro às populações tenha de ser assegurado por militares de postos territoriais de concelhos vizinhos.