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Hospitalização domiciliária é uma realidade para cada vez mais doentes 
Ilda Veiga, coordenadora de enfermagem da Unidade de Hospitalização Domiciliária do Hospital de Santarém, diz que o mais importante é o doente aceitar esta hipótese de tratamento

Hospitalização domiciliária é uma realidade para cada vez mais doentes 

Em cerca de 18 meses de actividade a Unidade de Hospitalização Domiciliária do Hospital de Santarém, que permite aos pacientes receber no conforto do lar o mesmo tratamento que teriam no hospital, cuidou de 128 doentes.

A funcionar há um ano e meio a Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD) do Hospital Distrital de Santarém percorreu, até final do mês de Outubro, 41.864 quilómetros e realizou 1.818 visitas por enfermeiros e 420 por médicos a um total de 128 doentes “internados” em casa.
A cobertura geográfica do serviço tem vindo a ser alargada e engloba actualmente doentes no concelho de Santarém, Alpiarça, Almeirim, Rio Maior e Cartaxo. O critério geográfico é um dos que mais pesa na escolha dos pacientes que podem beneficiar deste tipo de hospitalização. Mas há outros a ter em conta como os critérios clínicos (um diagnóstico definitivo e estabilidade clínica), os critérios sociais (ter um cuidador a tempo inteiro e condições de habitabilidade) e, o principal, a voluntariedade.
“Tem que ser o doente a aceitar esta solução”, afirmava Ilda Veiga, coordenadora de enfermagem do projecto, a O MIRANTE em Março último aquando de uma reportagem que acompanhou um “giro” de uma equipa da UHD. Tal como na altura, os diagnósticos mais frequentes são as infecções do trato urinário (pielonefrite, cistite), seguindo-se as infecções do trato respiratório (pneumonia), a erisipela, as otites e a úlcera ou ferida infectada.
“Os doentes que têm beneficiado desta alternativa ao internamento convencional têm-se mostrado muito satisfeitos”, refere em comunicado Yahia Abuowda, médico especialista em Medicina Interna, integrado no projecto desde 2019. Abuowda salienta ainda que há cada vez mais médicos de diferentes especialidades a referenciar a UHD.
Na mesma nota, Ilda Veiga destaca que uma das mais-valias da unidade é o facto de os “doentes estarem em casa e, por isso, defendidos de contrair infecções associadas aos cuidados de saúde”. No momento de pandemia que vivemos outra vantagem apontada para esta modalidade de internamento é o aumento da capacidade de vagas e camas hospitalares.
A equipa da UHD é constituída por um médico em dedicação exclusiva contando com a colaboração de outros seis clínicos e seis enfermeiros. Durante o dia, de segunda a sexta-feira, há dois turnos, o da manhã e o da tarde, que normalmente integram um médico e dois enfermeiros, consoante as necessidades dos pacientes. Entre as 00h00 e as 08h00 há sempre um médico e um enfermeiro de prevenção para qualquer chamada de emergência.

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