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Almeirim e Entroncamento podem resolver  o problema das cremações em Lisboa 
O crematório de Almeirim foi o primeiro a abrir no distrito de Santarém e é o único de gestão municipal

Almeirim e Entroncamento podem resolver  o problema das cremações em Lisboa 

O crematório de Almeirim é o que está mais próximo da capital do país, onde os serviços estão congestionados, e tem capacidade para fazer até mais sete cremações diárias. O equipamento só está a fazer uma cremação por dia, o mesmo número que se regista no Entroncamento. Em Santarém aumentou a procura e já foi necessário alargar o horário.


Enquanto na área de Lisboa se espera pelo menos uma semana pela marcação de uma cremação, devido ao aumento da procura, devido ao acréscimo da mortalidade por Covid-19, há um crematório a uma hora de caminho que trabalha a um quarto da capacidade. O Crematório Municipal em Almeirim, que até está a fazer menos cremações do que há seis meses, quando abriu, tem vagas para mais três cremações em situação normal e mais sete com o alargamento do horário. Joaquim Catalão, presidente da Junta de Freguesia de Almeirim, que gere o equipamento, não percebe por isso que as pessoas da capital tenham de esperar muitas vezes mais de sete dias.
O autarca diz que há capacidade para cremar os corpos que esperam em Lisboa, evitando-se os incómodos para as famílias. Mas até agora quase todas as cremações têm sido da zona de Almeirim e concelhos limítrofes, como Coruche, Salvaterra de Magos, Alpiarça e Santarém, cidade onde também já abriu um crematório, explorado pela Servilusa. Recentemente foram feitas duas cremações de zonas mais distantes, de Alcácer do Sal e Samora Correia, precisamente pela rapidez, uma vez que as agências funerárias estavam com dificuldades de marcação, revela Joaquim Catalão.
Desde Junho e até final de Novembro foram feitas 240 cremações em Almeirim. Chegaram a ser 45 num mês, em Julho. Em Dezembro a procura diminuiu e neste momento o crematório tem uma marcação por dia.
O mesmo número de cremações que está a ser registado no Crematório do Entroncamento, que abriu cerca de dois meses depois do de Almeirim. O equipamento a norte do distrito tem uma capacidade idêntica ao da cidade da sopa de pedra. A razão para os equipamentos estarem a trabalhar a menos de metade do expectável deve-se ao facto de não haver nestas zonas uma sensibilidade para esta prática, admite Paula Henriques, responsável da Pleaseantdedication, que explora o Crematório do Entroncamento.
Paula Henriques diz que a espanta o facto de em situação de pandemia não ter havido um aumento no número de serviços, estranhando também que existam dificuldades nas grandes cidades, como Lisboa, quando há alternativas na região. O Entroncamento recebeu, desde que abriu em 27 de Julho, duas cremações de Lisboa. Mas os serviços que têm feito são de agências funerárias da cidade ferroviária, de Abrantes, Chamusca, Torres Novas, Alcanena, Ferreira do Zêzere e Ponte de Sor.

Crematório de Santarém
com mais procura
O crematório de Santarém, que abriu em 2 de Dezembro, está a ter mais procura, situação que se pode explicar pelo facto de ser explorado pela maior funerária de Portugal, que faz cerca de seis mil funerais por ano. A empresa explora também o crematório de Póvoa de Santa Iria, Vila Franca de Xira, que costuma ter muita procura.
O director-geral de negócio da Servilusa, Paulo Moniz Carreira, revela que “nos dois crematórios o incremento é de 25%, sendo que Santarém regista um aumento na ordem dos 76%”. Já foi necessário alargar os horários dos equipamentos, das 08h00 às 24h00, podendo cada um fazer até oito cremações diárias. O responsável considera que para o tempo de espera dos funerais contribui o fornecimento da documentação dos hospitais, registos de óbito, realização do velório e disponibilidade dos crematórios e cemitérios, admitindo que “alguns funerais poderão estar a ser realizados entre os dois a cinco dias”. Paulo Moniz Carreira conclui que é expectável que o crematório de Santarém receba cremações de Lisboa, mas isso não tem acontecido.

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