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Atropelamento e fuga em Abrantes acabou com a vida de casal idoso
Custódio Olival e Joaquina Olival. Atropelamento ocorreu na berma da movimentada EN2 a 20 metros da casa do casal atropelado

Atropelamento e fuga em Abrantes acabou com a vida de casal idoso

Na pequena aldeia de Vale de Cortiças (concelho de Abrantes) ainda não se fala de outra coisa: um condutor atropelou o casal Joaquina e Custódio Olival e fugiu.

Seguiu viagem mas foi por pouco tempo. A cerca de 400 metros do local do acidente, por razões que O MIRANTE não conseguiu apurar, o condutor despistou-se e o carro ficou imobilizado, o que levou à sua identificação que o relacionou com o atropelamento e fuga.

Joaquina Olival, 86 anos, e Custódio Olival, 85 anos, moravam a 20 metros do local onde sofreram o acidente, em Vale de Cortiças, concelho de Abrantes. A sua casa fica à beira da estrada. Gostavam de passar as tardes sentados num muro branco e azul virado para a Estrada Nacional 2. Era lá que os idosos reformados passavam uma boa parte do dia quando não estavam a cuidar de uma pequena horta nas traseiras da casa. Joaquina e Custódio Olival não tinham transporte próprio mas isso não os impedia de passear e com alguma frequência apanhar o autocarro para irem almoçar ou passar a tarde à Bemposta. Também participavam nos habituais passeios dos reformados organizados pela Junta de Freguesia da Bemposta.

No dia do acidente, 10 de Junho, caminharam até ao muro, como era hábito. Quando regressavam a casa, pela berma da estrada, aconteceu a tragédia: Na movimentada EN 2, um veículo ligeiro, ao cruzar-se com um camião, saiu da estrada atropelando o casal e causando o acidente de que ainda se fala em Vale de Cortiças embora já tenham passado três semanas. Custódio Olival morreu no local e Joaquina Olival está hospitalizada em Abrantes, em estado grave, tendo já sofrido a amputação de uma perna.

O condutor da viatura não parou para prestar auxílio às vítimas mas acabou por se despistar a cerca de 400 metros do local do atropelamento, o que proporcionou a sua identificação e a sua ligação ao acidente de Joaquina e Custódio Olival.
O que leva um condutor acompanhado pelo seu cônjuge a atropelar mortalmente duas pessoas e a pôr-se em fuga? Foi isso que O MIRANTE tentou investigar quando conseguimos identificar o casal que, embora seja natural da zona de Lisboa, tem segunda casa no Pego, onde passam alguns fins-de- semana.

O MIRANTE falou com vários vizinhos mas todos falaram do casal que atropelou, matou e pôs-se em fuga como pessoas de outra terra. Joaquim, de 77 anos, e a esposa, de 74 anos, também são reformados e de poucas falas com os vizinhos. Todas as pessoas com quem falamos conhecem-nos de vista, de um bom dia ou boa tarde; não encontramos quem com eles conviva ou tenha convivido.

A maioria dos testemunhos confirmam que são pessoas afáveis, que mantêm uma relação cordial e amistosa com os vizinhos. A explicação para fugirem de um brutal atropelamento, que matou uma pessoa e deixou outra em estado muito grave, só adensou o mistério sobre o casal que certamente agora vai começar a ser visto com outros olhos pela vizinhança.

O MIRANTE esteve no local do acidente: a estrada faz uma curva ligeira uns metros antes da casa onde Joaquina e Custódio viviam, seguindo-se uma recta onde muitos veículos circulam em velocidade excessiva, como confirmamos no local.

Atropelamento e fuga em Abrantes acabou com a vida de casal idoso

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