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Aquapolis está a recuperar mas será melhor com uma praia fluvial
Diogo Neto, Luís Neves, Mónica Fernandes e David Mendes

Aquapolis está a recuperar mas será melhor com uma praia fluvial

O Aquapolis em Abrantes custou cerca de 20 milhões de euros e pretendeu criar uma nova centralidade na cidade aproveitando o potencial do Tejo. Tem andando entre a procura e o desinteresse, chegando mesmo a estar quase ao abandono, mas agora com novas atracções está a ganhar fôlego e a atrair pessoas. A praia fluvial está fechada porque falta água devido a uma avaria no açude e à falta de qualidade da água. Os concessionários aguardam com expectativa o regresso da zona de banhos.

O Aquapolis, em Abrantes, vai continuar sem praia fluvial até que as análises da água do rio Tejo cumpram os parâmetros de qualidade necessários para que possa ser reactivada. O investimento de perto de 20 milhões na requalificação das duas margens e a construção de um açude, que tem dado mais problemas que cumprido o seu papel de criar um espelho de água, tem andado aos soluços desde 2007 quando foi inaugurado por José Sócrates. Já teve movimento, depois esteve quase ao abandono e agora começa a dar sinais de ter alguma vitalidade com a instalação de dois campos de padel e o contributo da promoção turística da Nacional 2, além do esforço de empresários instalados no local.

A praia fluvial é vista como mais uma forma de dar vida ao Aquapolis, mas a Agência Portuguesa do Ambiente exige dados satisfatórios durante um período de três anos consecutivos e só há cerca de um ano e meio é que as análises começaram a indicar que podem estar reunidas todas as condições. Os concessionários aguardam com expectativa o regresso dos banhos ao rio. Luís Neves, proprietário da cervejaria situada na margem norte, tem sentido um aumento da procura, fruto da procura pelos campos de padel e pelo ginásio. Quanto à praia considera que pode levar muita gente a Abrantes.

Para David Mendes, proprietário do espaço na margem sul, no Rossio ao Sul do Tejo, a praia do lado norte não fará muita diferença e considera que o ideal seria haver uma piscina na margem sul, como a existente em Fontes. “Quem quiser divertir-se aqui um bocadinho não tem nada, com um deck deste lado a praia estava feita e nem é preciso toneladas de areia”. Mas assume que a existência de uma praia pode atrair mais gente para a cidade. Apesar de ser uma competência dos Governos português e espanhol, o presidente da câmara, Manuel Valamatos, explica que a água tem que chegar ao concelho em melhores condições, mas admite também que tem visto algum trabalho nesse sentido.

A quantidade de água é outro problema, agora ainda mais reduzida com a avaria de uma das comportas do açude. “Temos o clube de triatlo de Abrantes e o ano passado eles faziam aqui os treinos, mas tínhamos água”, conta a O MIRANTE a proprietária do ginásio junto ao Tejo, Mónica Fernandes. O presidente da autarquia diz que Agosto não é muito favorável para as reparações e está-se numa fase de desenvolvimento do processo e análise dos custos, não havendo uma previsão de quando a situação estará resolvida.

Vale a pena investir na zona

David Mendes, de 48 anos, que reside em Rossio ao Sul do Tejo, está bastante satisfeito com a recente renovação do seu espaço e tem notado mais afluência. “O investimento valeu a pena e tem estado a correr bem. Vem pessoal do Rossio mas também muita gente do Pego e Alferrarede. Como é novidade as pessoas acabam por vir para comer o gelado e o Kebab sobretudo ao final da tarde e fins-de-semana”.

A proprietária do ginásio, Mónica Fernandes, diz que antes de estar no espaço achava que o Aquapolis não atraía as pessoas, mas a situação melhorou, realçando que desde o início da pandemia começou a usar muito o exterior, a complementar actividades na rua com actividades nas instalações. A pandemia fez com que a prática desportiva aumentasse na zona ribeirinha. “Às oito da manhã já se vê pessoas nas suas corridas e muita gente ganhou o hábito de vir aqui fazer o seu passeio higiénico e até as equipas de canoagem voltaram a treinar”, acrescenta o proprietário da cervejaria da margem norte, Luís Neves.

O responsável dos campos de padel, Diogo Neto, refere que os espaços funcionam das 17h00 às 23h00 e as marcações estão sempre esgotadas. Para o empresário de 30 anos o investimento valeu a pena, lamentando que não existam casas de banho públicas no local. Com a entrada na rota da Nacional 2 tem levado mais gente a parar no Aquapolis, sobretudo aos fins-de-semana, notando-se um aumento significativo este ano, segundo conta Luís Neves. Apesar de ainda não estar na rota por questões burocráticas, David Mendes diz já ter percebido que é uma boa aposta inscrever-se na rota.

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