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Moradores temem reactivação da pedreira de Trancoso e o regresso dos problemas
População de Trancoso não esquece os impactos da pedreira que laborou nas últimas três décadas e que, nos últimos dias, voltou a receber a visita de camiões

Moradores temem reactivação da pedreira de Trancoso e o regresso dos problemas

Depois de mais de seis anos de sossego os moradores de Trancoso começaram a ver novas movimentações de camiões na localidade, com destino à pedreira que durante décadas lhes infernizou a vida. Câmara desconhece o que se passa mas já questionou as autoridades.

A pedreira de Trancoso, São João dos Montes, que estava desactivada há meia dúzia de anos, voltou a dar sinais de vida nas últimas semanas com o regresso de dezenas de camiões ao espaço e em alguns dias o levantamento de poeiras. Os moradores estão alarmados e temem que esteja a ser preparado um regresso à actividade extractiva que durante três décadas ali foi desenvolvida e que tanto os apoquetou. O município de Vila Franca de Xira partilha das preocupações dos residentes de Trancoso e já questionou as autoridades responsáveis.

Quem vive na aldeia tem visto nas últimas semanas a passagem frequente de camiões pela localidade e em alguns dias as poeiras que já tinham passado à história voltaram a aparecer no quotidiano dos residentes, seja nas varandas ou nos automóveis. Oficialmente, diz o município, não deu entrada nos serviços de urbanismo nenhum pedido de reactivação da pedreira que tanta contestação deu há mais de dez anos e que motivou, inclusive, a criação de uma polémica comissão de acompanhamento.

“A fiscalização municipal foi ao local várias vezes mas sempre que lá foi não detectou nenhuns movimentos irregulares. Por isso, através do departamento de urbanismo, já questionámos a Direcção-Geral de Energia e Geologia e também a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo sobre se têm conhecimento de algum projecto para a pedreira porque nós desconhecemos”, explica António Oliveira, vice-presidente do executivo.

O autarca respondia na última reunião pública do executivo a Nuno Libório, vereador da CDU, que esteve a visitar o local e se mostrou muito preocupado com o que está a acontecer na pedreira. “Quando lá estivemos os moradores falaram-nos de grande movimento dentro da pedreira e por isso gostávamos mesmo muito de saber o que vai acontecer ali”, alertou.

O presidente do município, Alberto Mesquita, referiu que se há queixas da população “é porque alguma coisa está a acontecer”. E vincou mesmo a necessidade da fiscalização ir com mais frequência ao local, incluindo aos fins-de-semana e fora de horas, “para se apurar com maior certeza o que realmente está a acontecer”.

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