Sociedade | 01-12-2004 11:37

Coruche quer comboios para as pessoas

O transporte ferroviário é necessário no concelho de Coruche e tem todas as condições para avançar. É esta a conclusão que resulta da sessão temática do III Congresso do Ribatejo que se realizou sábado no auditório municipal da vila para debater as acessibilidades para o corrente século.A análise da representante do Instituto Nacional de Transportes Ferroviários (INTF), Paula Carloto, desfavorável à introdução do caminho-de-ferro na região, desencadeou um debate aceso com partidários da ferrovia.Paula Carloto defendeu que a localização geográfica e a diminuta população do concelho, assim como a sua actividade económica e industrial, não justificam o investimento na área do transporte ferroviário. Referiu que se “trata de um território não apto à utilização da ferrovia não podendo oferecer serviços rentáveis”. E recordou que Lisboa fica a cerca de 01h10 de autocarro e Santarém a 35 minutos.Essa opinião foi contrariada por boa parte do público que assistiu à sessão. Sublinhou-se que a linha que passa em Coruche foi modernizada recentemente pelo que não se trata de falar em investimento mas de colocar as máquinas em andamento.O presidente da câmara, Dionísio Mendes (PS), Coruche é um concelho com peso na indústria agro-alimentar e tranformadora. “As fábricas da beterraba, de cortiça todos os dias enviam camiões entre Coruche e Setúbal por uma estrada péssima. Se a CP tem um prejuízo anual de 500 mil euros nesta linha, mais vale transformá-lo em investimento, dando condições a passageiros e mercadorias”, afirmou convicto o autarca. Segundo o edil de Coruche, a CP ficou de realizar um estudo de viabilidade incidindo no trajecto Setil-Vendas Novas, que atravessa o concelho de Coruche, existindo a possibilidade de Cartaxo e Salvaterra de Magos se associarem ao concelho vizinho para viabilizarem a rentabilização comercial daquela linha.

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