Sociedade | 23-12-2004 11:37

Lar amargo lar

Quem compra uma casa entra em trabalhos. O processo é moroso, a aprovação do empréstimo bancário depende em alguns casos da garantia de um fiador. São papéis atrás de papéis. E quando muitos pensam que finalmente o pesadelo terminou, ainda aparecem os defeitos deixados pelo construtor.Alice Rola desembolsou 125 mil euros por uma vivenda na Quinta dos Espargos, na Chamusca. Se na altura soubesse que a casa lhe ia trazer tantos problemas tinha pensado duas vezes antes de a adquirir. Rachas nas paredes e tectos, acabamentos mal executados, verniz a escorrer das madeiras, alumínios riscados, enfim, uma série de malformações que só foram detectadas depois de ter a chave na mão (ver texto secundário).O problema de Alice é comum a muitas outras pessoas na região. E não escolhe idade, sexo ou condição social. Ao nosso jornal foram relatados casos semelhantes envolvendo advogados, jornalistas, autarcas e políticos. Todos eles pensavam estar a fazer um bom negócio quando adquiriram uma habitação. Todos eles tentam agora resolver os problemas, alguns com recurso à via judicial.É por isso que preferem não dar a cara para contar a sua “história”. Há quem tenha posto a casa à venda como forma de se desfazer do “berbicacho”. Outros acabaram por quase chegar a vias de facto com quem lhes vendeu gato por lebre.Quem compra uma casa entra em trabalhos. O processo é moroso, a aprovação do empréstimo bancário depende em alguns casos da garantia de um fiador, são papéis atrás de papéis. E quando se pensa que finalmente o pesadelo terminou, eis que aparece um ainda maior. Mais desenvolvimentos na edição semanal.

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