Sociedade | 21-01-2005 10:13

Ir ao médico é uma canseira

Os utentes do Centro de Saúde de Vialonga estão preocupados com a dificuldade no acesso ao equipamento que entrou em funcionamento em Dezembro. O centro foi adaptado, pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, no lote 19 da Urbanização do Olival da Fonte. É uma zona alta da freguesia, onde os transportes públicos não abundam e onde o acesso pedonal também está dificultado.Em Novembro, aquando da entrega do edifício à Administração Regional de Saúde (ARS), a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira anunciou a intenção de construir um acesso pedonal a poente do edifício e de requalificar o espaço envolvente onde passa uma linha de água, mas os trabalhos ainda não avançaram. Com a possibilidade de chuva as preocupações dos utentes aumentam.A Comissão de Utentes de Saúde de Vialonga considera que a abertura do espaço “foi um passo de gigante”, mas lembra que os problemas não acabaram com a entrada em funcionamento do novo centro. A obra custou 611.231 euros, valor que a ARS transferiu para a câmara que foi a dona da obra e pagou ao construtor.Os utentes apelaram à câmara para que intercedesse junto da empresa Rodoviária de Lisboa e solicitasse o aumento da oferta de autocarros e a alteração da rota de circulação para que o autocarro passe junto da entrada do centro. Os utentes pediram ainda a aproximação da paragem do novo equipamento. “Os utentes merecem um serviço de qualidade”, referiram.A câmara delegou a tarefa no presidente da Junta de Freguesia de Vialonga que não perdeu tempo. O autarca já reuniu quatro vezes com a empresa Rodoviária de Lisboa. Manuel Valente (CDU) explicou a O MIRANTE que a junta de freguesia já implementou um novo abrigo a cerca de 80 metros do centro e procedeu a alterações nos passeios para que seja possível o autocarro passar junto da entrada principal do centro. Segundo o autarca, já existem condições para a circulação, mas a empresa solicitou a deslocalização duma rotunda próximo do local.Manuel Valente tentou convencer a empresa para a colocação de mini-autocarros a fazer a ligação entre as zonas periféricas da freguesia e o centro, mas a Rodoviária do Tejo considerou inviável a criação das carreiras internas porque “não são economicamente rentáveis”.O autarca de Vialonga disse estar solidário com os utentes e, nesse sentido, a Junta de Freguesia já entregou um esboço da intervenção que pretende a poente do centro de saúde. O “projecto” prevê que a linha de água seja encanada em manilhas de cimento. A intervenção está dependente de autorização do Instituto da Água (Inag) que deverá dar luz verde ainda esta semana. O desenho contempla ainda a criação de estacionamento para ambulância e funcionários do centro e um acesso facilitado para os utentes com maior dificuldade de locomoção.Segundo o presidente da junta, a Câmara Municipal de Vila Franca garantiu que pode avançar com as obras ainda este mês e o prazo previsto para a realização dos trabalhos é de 45 dias. Se tudo correr bem, o espaço estará requalificado na primeira quinzena de Março. A comissão de utentes promete acompanhar a situação. Nelson Silva Lopes

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