Sociedade | 29-01-2005 17:46

Ministro diz que mais 500 mil utentes podem ter médico família até Junho

O ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, prometeu hoje que, se o próximo Governo continuar as actuais políticas de saúde, em Junho deste ano mais 500 mil portugueses poderão ter médico de família.

À margem da cerimónia de tomada de posse do novo bastonário da Ordem dos Médicos, o ministro comentava o facto de ainda haver 759 mil utentes sem médico de família, quando uma das suas mais emblemáticas promessas foi a de que todos os portugueses teriam médico de família até 2006.Desvalorizando estes números, Luís Filipe Pereira referiu a importância de "ver a relatividade" das situações, sublinhando que no espaço de um ano baixou de um milhão e 200 mil para 759 mil o número de portugueses sem médico de família."A reforma foi iniciada em Abril de 2003, o diploma entrou em vigor no final desse ano, começámos a trabalhar em 2004. Conseguimos resultados indesmentíveis", considerou.O ministro acrescentou que "o terreno ficou preparado com medidas já em curso" e que no espaço de quatro ou cinco meses é possível conseguir que mais 500 mil pessoas tenham médico de família."As medidas identificadas permitiriam que a curto prazo - até Junho -, se continuássemos, 500 mil pudéssemos resolver", disse."Está tudo identificado e quantificado. Será possível atingir a meta (médico de família para todos até 2006) se continuarmos esta política", acrescentou.Os aspectos fundamentais, segundo Luís Filipe Pereira, são a "mobilidade dos médicos" e o funcionamento dos centros de saúde no que respeita às horas atribuídas às urgências e às consultas.O ministro salientou que o número de consultas por médico já está acima do rácio proposto pela Organização Mundial de Saúde, o que aumenta a disponibilidade dos médicos para as consultas."O objectivo tinha a ver com as consultas programadas. Temos já 50 a 60 consultas programadas, o que é um bom rácio", acrescentou.Luís Filipe Pereira lembrou ainda que quando chegou ao governo havia 12,5 milhões de pessoas com cartão de utente e que actualmente esse número está acima dos 10 milhões, o que considerou pouco, tendo em conta o número de imigrantes em Portugal."É talvez preciso ainda fazer algum expurgo", frisou, considerando no entanto que o essencial já foi feito.O ministério da Saúde elaborou um documento, ao qual a Agência Lusa teve acesso, no qual era feito o ponto da situação quanto à distribuição dos médicos de família pelos utentes.De acordo com esses dados, a limpeza das listas de inscrição nos centros de saúde identificou 759.349 portugueses sem médico de família.

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