Sociedade | 09-02-2005 19:19

Cães fora de controlo

Mais de metade das juntas de freguesia do distrito de Santarém não está a inscrever cães na base de dados nacional. Apesar de ser obrigatória por lei a identificação, estima-se que nem um quarto dos animais existentes estejam vacinados, quanto mais registados. O coordenador distrital da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), Carlos Palmeiro, reconhece que a fiscalização não funciona e que a saúde pública pode estar em causa. Na Direcção Geral de Veterinária (DGV), onde funciona o Sistema de Identificação de Caninos e Felinos (Sicafe), apenas há registos provenientes de 72 das 192 juntas de freguesia do distrito de Santarém. No concelho de Vila Franca de Xira até agora só seis das 11 freguesias transmitiram dados para o Sicafe, enquanto em Azambuja a relação é de seis para nove. No distrito estão identificados pelo sistema da DGV 2.034 canídeos, a maior parte deles registados como animais de caça (1.990). No capítulo dos cães perigosos há apenas dois e no item dos potencialmente perigosos o número sobe para 12.Outro dado exemplificativo do desleixo dos donos em licenciar os cães e da incapacidade das freguesias em fazer cumprir a lei é a identificação de apenas três animais de companhia em 21 concelhos de Santarém, onde vivem cerca de 450 mil pessoas. Com 123 mil habitantes, o concelho de Vila Franca de Xira tem registados no Sicafe apenas 41 canídeos. Comparativamente, o concelho de Azambuja, cuja população total não chega às 21 mil pessoas, tem 491 animais inscritos no registo nacional.O Sicafe é importante para controlar a população canina em Portugal. E pode ser muito útil para encontrar animais perdidos ou pedir responsabilidades aos donos que os abandonam. Mas, sublinha, “para quem não quer fazer nada, tudo serve de desculpa”.

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