Sociedade | 11-02-2005 16:52

Fuga de ácido nítrico em Alpiarça está controlada

A fuga de ácido nítrico numa indústria de lacticínios de Alpiarça está "completamente controlada" e estão garantidas "todas as condições de segurança", disse à Agência Lusa o presidente da Câmara Municipal local.Joaquim Rosa do Céu, que detém o pelouro da Protecção Civil municipal, disse à Lusa que os 5.000 litros que foram derramados de ácido nítrico, substância altamente corrosiva, estão contidos numa câmara de retenção, completamente controlados.Segundo disse, a situação só não está ainda resolvida porque "infelizmente a empresa que fará a trasfega, que deveria funcionar 24 horas por dia, tinha o telefone de urgência ligado a um atendedor quando se fez o primeiro contacto", pouco depois das 06:30.O autarca adiantou que só às 09:10 foi possível contactar a empresa, situada em Setúbal, aguardando-se a chegada dos técnicos para procederem à trasfega do ácido.Joaquim Rosa do Céu assegurou que a empresa, a Renoldy, Produção e Comercialização de Leite e Produtos Lácteos, accionou de imediato os planos de emergência, estando as operações a ser coordenadas pelo responsável pela protecção civil distrital, Joaquim Chambel.Joaquim Chambel disse à Lusa que os bombeiros têm estado a fazer medições para verificar eventuais fugas para a atmosfera, tendo sido uma das primeiras medidas a selagem da bacia de retenção com espuma, para evitar a saída de vapores.No local estão 35 bombeiros e 13 viaturas de sete corporações (Alpiarça, Santarém, Constância, Abrantes, Torres Novas, Entroncamento e Sapadores de Lisboa, com um veículo de protecção contra matérias perigosas).Segundo disse, neste momento os bombeiros aguardam apenas a chegada da empresa para apoiar nas operações de trasfega.Os dois funcionários que detectaram a situação, cerca das 06:30, foram levados ao Hospital de Santarém, onde, segundo o director clínico, Pinto Correia, se vão manter durante 24 horas "por mera precaução".Pinto Correia disse à Lusa que os dois funcionários da Renoldy inalaram o ácido, mas por pouco tempo, encontrando-se bem.Joaquim Chambel afirmou que a empresa accionou os mecanismos previstos para situações deste tipo, tendo existido uma boa articulação com a protecção civil municipal e distrital.Segundo disse, a quantidade de ácido existente nesta unidade não atinge o patamar que, de acordo com normas da União Europeia, obriga a licenciamento.O ácido nítrico é um líquido extremamente corrosivo que liberta fumos tóxicos que afectam os olhos e vias respiratórias.

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