A fonte precisou assim o sentido do terceiro e último parágrafo do comunicado divulgado pela Judiciária que refere que "tendo em atenção o conteúdo de algumas notícias hoje divulgadas, foi instaurado um inquérito com as finalidades descritas no artigo 262 do Código de Processo Penal".O "Independente" cita um documento da PJ, a que diz ter tido acesso, onde se lê que "as diligências efectuadas (no inquérito) permitiram apurar a existência de fortes indícios de que a alteração da Zona de Protecção Especial (ZPE) do Estuário do Tejo, [onde está instalado o complexo comercial Freeport, em Alcochete] pelo então ministro do Ambiente (José Sócrates), teve como contrapartida o financiamento de campanhas eleitorais".O líder do PS já considerou que tais notícias são um "insulto" em plena corridas eleitoral e englobam-se nas "campanhas negras" e "guerras sujas" que têm marcado a campanha para as eleições legislativas.Na nota divulgada a PJ explica que os elementos recolhidos no âmbito do "caso Freeport" não revelam, "por ora", indícios que apontem como arguido qualquer líder partidário.Também a Procuradoria-Geral da República (PGR) divulgou um comunicado onde adianta que, até ao momento, o líder do PS, José Sócrates, não é suspeito de qualquer ilícito criminal relativamente ao "caso Freeport".O complexo Freeport de Alcochete, inaugurado a 09 de Setembro último, tem uma área global equivalente a 55 estádios de futebol e custou cerca de 250 milhões de euros, sendo considerado o maior +outlet+ da Europa.Trata-se de um complexo lúdico-comercial com 240 lojas, 40 restaurantes, 21 salas de cinema, um anfiteatro ao ar livre e 5.000 lugares de estacionamento.