Sociedade | 19-02-2005 20:25

Um em cada quatro guardas é alvo processo disciplinar

Um em cada quatro guardas prisionais está a ser alvo de processo disciplinar devido, na maioria dos casos, a "exageros verbais e físicos" na sua relação com os reclusos, revelou hoje o presidente do sindicato do sector.

Em declarações aos jornalistas, Manuel Carvalho afirmou que o aumento de processos disciplinares se justifica pela falta de efectivos e pelo, consequente, excesso de horas trabalhadas, associada a inexistência de um regulamento geral do funcionamento interno dos estabelecimentos prisionais."É uma profissão de muito stress, desgaste e com muita falta de meios", frisou.à margem de uma assembleia de delegados do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, a decorrer no Porto, Manuel Carvalho disse que há situações em que três ou quatro guardas são responsáveis por alas com cerca de 300 a 400 reclusos."Os estabelecimentos prisionais são dos mais fiscalizados em termos de Administração Pública", disse o dirigente sindical, manifestando-se convicto de que 70 por cento dos processos disciplinares serão arquivados por falta de provas.Segundo afirmou, "fazem falta ao serviço cerca de mil guardas" e o prometido desbloqueamento de 250 vagas masculinas e 80 femininas "são insuficientes para fazer face às necessidades" inerentes ao serviço de vigilância prisional.Manuel Carvalho considerou ainda que os guardas prisionais são mal pagos, atendendo ao tipo de trabalho que desenvolvem e ao meio em que estão inseridos, reivindicando a atribuição de alguns subsídios, nomeadamente o subsídio de risco, de turno e piquete, e o pagamento integral das horas extraordinárias.Exigem ainda a revisão do Estatuto Profissional do Corpo da Guarda Prisional e a consagração de um novo regime de aposentação.

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