"A Liga não pode mais continuar a funcionar como uma estrutura pesada e centralizada", declarou à Agência Lusa, no final dos trabalhos, o presidente do conselho executivo da LBP, Duarte Caldeira.O novo estatuto das federações permitirá uma "melhor fiscalização" da sua actividade pelas corporações que as integram, disse Duarte Caldeira."Não faz hoje sentido que a Liga, a partir de Lisboa, negoceie e discuta o que diz respeito aos corpos de bombeiros", designadamente com as autarquias, associações de municípios, grandes áreas metropolitanas ou estruturas desconcentradas da administração central, acrescentou.Por seu turno, o presidente do congresso, o padre Vítor Melícias, salientou que a reunião foi "extremamente participada e oportuna".As alterações dos estatutos, segundo Vítor Melícias, visam "acomodar este importantíssimo movimento social - a Liga dos Bombeiros - à nova dinâmica e aos novos desafios da protecção civil e da cidadania".Aquele responsável disse que o congresso viabilizou também o "princípio da remuneração" a dirigentes da LBP, garantindo "compensações legítimas e necessárias", que não deverá pôr em causa o voluntariado.O artigo 83 do novo texto dos estatutos, da autoria do conselho executivo, foi retirado da votação por proposta do presidente dos Bombeiros Voluntários da Parede, Vidigal da Fonseca.Aquela norma impunha uma refiliação na Liga dos actuais associados singulares (as entidades detentoras de corpos de bombeiros), no prazo de 90 dias após a entrada em vigor do diploma.O congresso, que decorreu no Pavilhão Municipal de Poiares, no distrito de Coimbra, congregou 450 comandantes e dirigentes, em representação de 203 das 371 corporações de bombeiros que integram a LBP.