Sociedade | 17-03-2005 09:35

Ambientalistas travam abate de sobreiros

Os ambientalistas querem impedir o abate de mais sobreiros nos terrenos da Portucale em Samora Correia. A associação entregou no Tribunal uma providência cautelar e colocou em causa a decisão do Governo que autorizou o abate de 2600 árvores dias antes das eleições.A Associação ambientalista Quercus entregou uma providência cautelar, na sexta-feira, 11 de Março, a pedir a suspensão da eficácia do despacho conjunto que autoriza o abate de 2605 sobreiros na herdade da Vargem Fresca, no concelho de Benavente. O corte iniciado na quinta-feira em nome da utilidade pública do empreendimento turístico da Portucale deverá ser suspenso até que o Tribunal Administrativo de Leiria se pronuncie.“Esperamos que esta decisão ainda vá a tempo de evitar o corte dos restantes sobreiros”, disse Hélder Spínola da Quercus. A associação pediu ainda ao novo Governo a demissão do Director da Circunscrição Florestal do Sul que autorizou o abate. A Quercus afirma que o empreendimento “não tem qualquer utilidade pública” e exige um estudo de impacte ambiental.Os ministros da Agricultura, do Ambiente e do Turismo declararam num despacho assinado na véspera das últimas eleições a "imprescindível utilidade pública" do projecto privado. O empreendimento pertence à Portucale-Sociedade de Desenvolvimento Agro-Turístico. A empresa ligada ao grupo Espírito Santo já tem dois campos de golfe e pretende construir centenas de moradias num aldeamento turístico, um hotel, um centro hípico, uma barragem e um campo de tiro.

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