Sociedade | 18-03-2005 18:17

Misericórdia de Toamr quer posto de medicamentos em Carrazede

A Santa Casa da Misericórdia de Tomar, proprietária da Farmácia da Misericórdia, requereu ao Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) a instalação de um posto farmacêutico móvel no edifício do Centro de Saúde de Carrazede, Tomar.A instalação de uma extensão de farmácia fora da cidade é uma ambição antiga da Santa Casa da Misericórdia. Há cerca de seis anos a Farmácia da Misericórdia fez um primeiro pedido ao Infarmed, recusado então com a justificação de que havia outros estabelecimentos farmacêuticos a menos de cinco quilómetros de distância.Na altura o objectivo era instalar um posto de medicamentos, com entrada independente, no edifício onde funciona a extensão do centro de saúde da freguesia de Paialvo, na localidade de Carrazede.O “não” do Infarmed quase levou o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Tomar a desistir do projecto mas quando a legislação foi alterada, em 2003, Fernando de Jesus voltou a manifestar ao instituto a vontade de estender a área de influência da Farmácia da Misericórdia.No início deste mês o Infarmed solicitou à câmara um parecer sobre a instalação do posto farmacêutico móvel, tendo a autarquia emitido parecer favorável esta semana.Apesar de considerar que o processo tem excesso de burocracia o provedor está confiante na resposta positiva do instituto. Mas para isso, diz Fernando de Jesus, terá também de haver uma boa conjugação entre o técnico farmacêutico e o médico de serviço do posto de Carrazede.A legislação sobre a instalação de postos farmacêuticos móveis refere que estes podem ter instalações permanentes ou eventuais, desde que exclusivamente afectas à prestação da assistência farmacêutica às populações, durante o período do seu funcionamento, devendo ainda garantir a qualidade do acto farmacêutico no respeito pelas boas práticas de farmácia.O que a Santa Casa se propõe fazer é a conjugação de instalações permanentes e eventuais. Aproveitar o espaço anteriormente destinado ao posto de medicamentos para ter o stock necessário a uma população de quase dois mil utentes, e adquirir uma carrinha equipada para a recolha de receitas, para medicamentos não existentes no posto.Apesar do objectivo não ser novo ganhou outra dimensão após a saída do hospital das imediações da Farmácia da Misericórdia. A deslocação da unidade hospitalar para a zona nova da cidade trouxe dois custos para a Santa Casa – deixou de receber a renda do Ministério da Saúde (o hospital estava instalado num edifício seu) e registou forte quebra de receitas na farmácia de que é proprietária, situada na avenida Cândido Madureira, mesmo defronte ao velho hospital.Fernando de Jesus admite que tem de rentabilizar os custos mas refere que, mesmo com parecer positivo do Infarmed, a instalação do posto farmacêutico móvel na freguesia de Paialvo só avançará se for rentável.

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