Sociedade | 07-03-2006 11:46

Exposição canina em Vila Franca

Desde o imponente Cão da Terra Nova ao pequeno Podengo Português, passando pelos elegantes Caniches ou pelos simples Rafeiros do Alentejo. Todos eles marcaram presença na 30ª Exposição Canina de Vila Franca de Xira, que decorreu no passado fim-de-semana no pavilhão do parque urbano da cidade.Ao todo estiveram presentes cerca de 700 cães das mais variadas raças, portugueses e estrangeiras. Entre os criadores participantes encontravam-se muitos vindos de Espanha e França para participar naquela que foi também a 13ª Exposição Internacional.Isabel Reis, de Vila Franca de Xira, levou até ao pavilhão alguns dos seus Flat Coated Retriver. Há cerca de 14 anos que faz criação desta raça, tendo actualmente 13 cães. Com eles percorre exposições caninas por todo o país e também em Espanha. Quanto aos custos com alimentação, cuidados veterinários e exposições, Isabel Reis diz que “isto é um hobby e os hobbys pagam-se”.Bruno Santos França, de Vialonga, começou a criar cães da raça American Staffordshire Terrier há apenas dois anos. Com três cães, diz que, por enquanto, a criação é apenas um hobby, mas pensa vir a empenhar-se mais. À exposição canina de Vila Franca levou o Bronx, de 18 meses, que foi considerado o melhor da raça, a nível nacional, em 2005. A grande novidade do evento deste ano foi a realização da primeira edição do Troféu de obediência de Vila Franca de Xira, no sábado. Mr. James, um Border Collie, foi o grande vencedor na categoria de elite. Para a dona, Eduarda Pires, de Lisboa, o treino dos três cães que tem, dois Border Collie e um Setter Irlandês, é um hobby que a preenche. “Alimentá-los a pão-de-ló e sentá-los no sofá é a chamada vida de cão”, refere. Por isso, diz que é necessário estimular os animais mentalmente, aplicando sempre o método do treino positivo. Isto é, “esperar pelo cão, agir de acordo com o tempo do cão” e, mais importante, não repreender quando erram. Pedro Araújo dedica-se também ao treino de obediência com as suas cinco Border Collie. “A raça mais inteligente, extremamente ágil. O Ferrari da canicultura”, diz Pedro Araújo para explicar a opção por esta raça. A Xhosa alcançou o segundo lugar na prova de obediência, na categoria de elite. Para este criador de cães, que actualmente possui duas escolas de obediência no Montijo e em Almada, o que lhe dá mais prazer a “ver a evolução” nos cães. Vasco Ribeiro, do Clube Português de Canicultura, considera que o treino de obediência é essencial para todos os cães. Por isso, defende que “por uma questão de civismo” todos os donos de cães deveriam levar os animais a frequentar aulas de obediência.“Os instintos têm que ser aproveitados, não basta alimentar e dar abrigo”, acrescenta. Segundo refere, seu sonho era que “um cão, depois de treinado e passado um certificado, fosse beneficiado pela sociedade, ao poder, por exemplo, estar num café”. De acordo com o vereador socialista, Francisco Vale Antunes, o objectivo da criação do Troféu de obediência de Vila Franca de Xira foi “trazer mais dinâmica” à exposição. O responsável considera que o troféu veio acrescentar valor a uma exposição que já conquistou o seu espaço entre os amantes da canicultura. No concurso que elegeu o melhor entre os 670 cães presentes na exposição, o prémio de Melhor Exemplar da Exposição foi para Shallowseas Double Meaning, um Cão da Terra Nova que veio do Reino Unido. Em segundo lugar ficou Jackie Rabbit, um Basset Hound. Já o terceiro lugar foi atribuído a um Saluki, o Hirkanaya.

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