Sociedade | 08-03-2006 09:19

Morte de recluso de Vale de Judeus em tribunal

O tribunal de Santarém decide a 21 de Março quem vai a julgamento, entre os 14 reclusos acusados de envolvimento numa conspiração que resultou no homicídio de outro preso na cadeia de Vale de Judeus.Fonte do processo adiantou que o tribunal agendou para 21, às 14h00, a leitura da decisão instrutória do processo, que envolve 14 arguidos alegadamente envolvidos numa conspiração que culminou na morte de um recluso e na tentativa de homicídio de outro.Os advogados estiveram ontem à tarde reunidos no tribunal, depois de alguns dos arguidos terem requerido a instrução do processo.Desde as 14h30 que mais de 30 agentes e guardas prisionais vigiaram o Tribunal de Santarém.Todos os arguidos são acusados pelo Ministério Público de terem combinado o crime entre si, como forma de retaliação por problemas anteriores com a vítima, acabando por matar o recluso com um "objecto perfurante", desferindo três golpes profundos.São ainda acusados de terem decidido realizar outro assassínio que não chegou a concretizar-se, acrescentou outra fonte do processo.O caso remonta a 6 de Novembro de 2003, tendo a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP) considerado na altura que a morte do recluso, então com 33 anos, fora causada por um alegado ajuste de contas entre presos.Os arguidos foram identificados pelas autoridades judiciais com recurso às câmaras de vídeo-vigilância do estabelecimento prisional, acrescentou outra fonte.As imagens captadas pelas câmaras permitiram ainda formular a acusação de conspiração para liquidar os dois reclusos.Quando foi noticiado o caso, reclusos de Vale de Judeus revelaram à agência Lusa que a morte da vítima teria ocorrido durante "uma grande zaragata" entre presos que tinham sido transferidos de pavilhão.No contacto telefónico, um dos reclusos afirmou que o então novo director de Vale de Judeus transferira reclusos entre pavilhões, tendo juntado presos que tinham sido separados pelo seu antecessor devido a conflitos anteriores.Esta versão não foi confirmada pela DGSP, que se limitou a confirmar que o homicídio se deu "no momento em que se abriam as celas para o jantar e em que os reclusos estão em comum no corredor da ala", acrescentando que "um recluso foi morto com arma branca e outro ferido".

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