Sociedade | 18-03-2006 09:12

ETAR de Alcanena faz descarga para o Alviela

Uma descarga de poluição química da Estação de Tratamento de Águas Residuais de Alcanena contaminou ontem à tarde o rio Alviela, gerando uma espuma espessa sobre a água, denunciou o presidente da Junta de Vaqueiros."Já falamos com a associação (que gere a ETAR) e disseram-nos que tiveram um problema no quadro eléctrico", permitindo a libertação de vários metros cúbicos de efluentes contaminados com químicos utilizados na indústria de curtumes do concelho de Alcanena, explicou Firmino Oliveira.Sobre a água "estão montes feitos de espuma" e Firmino Oliveira considera que será "inevitável" a morte de muitos peixes na zona mais a sul do rio Alviela.A Junta já comunicou o caso à GNR e à Inspecção-Geral do Ambiente que estão a investigar o caso, acrescentou o autarca, lamentando que este tipo de "problemas técnicos" se repitam, degradando ainda mais o curso de água.Nos últimos meses, tem estado a decorrer uma petição popular para levar o Parlamento a debater a poluição do rio, que tem sido motivo de várias tomadas de posição por parte das juntas e da Câmara de Santarém.As autarquias acusam a ETAR de Alcanena de funcionar de forma deficiente, libertando muitos metros cúbicos de efluentes químicos da indústria de curtumes da zona directamente para o curso de água.Este equipamento foi construído na década de 1990 mas a associação que gere o sistema de saneamento de Alcanena, constituída pela autarquia e industriais, alega não ter capacidade para assumir os avultados investimentos necessários à reparação de algumas condutas e à conclusão das obras previstas inicialmente no projecto.Nos últimos anos, as populações ribeirinhas do Alviela têm alertado para as sucessivas descargas de produtos químicos no rio, invertendo a tendência de melhoria da qualidade daquele curso de água.

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