Dois romenos de 25 e 32 anos suspeitos da prática de mais de duas dezenas de furtos no Ribatejo e Alentejo foram detidos, na noite de 12 de Abril em Vale de Figueira, Santarém. No dia seguinte foram presentes ao Tribunal de Santarém que os libertou e ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) que ordenou que abandonassem o país no prazo de oito e 20 dias, respectivamente.Se cumprirem a determinação do SEF, os romenos não serão julgados pela prática dos crimes e as vítimas que ficaram sem os seus bens nunca serão ressarcidas dos prejuízos. A situação provocou revolta junto de alguns queixosos e das autoridades envolvidas na operação.As detenções foram efectuadas pelo Núcleo de Investigação Criminal de Santarém (NIC) na sequência de uma busca à residência dos suspeitos, onde foi encontrado diverso material.Dezoito motosserras, equipamentos de construção civil, vários electrodomésticos, três leitores de DVD’s, loiça, computadores e diverso material informático, duas aparelhagens de som e três televisores, estão no lote de material apreendido e que a GNR divulgou em comunicado.Além deste material foram apreendidas três viaturas, alegadamente utilizadas na prática dos furtos.O tenente Cabrita, comandante interino do Destacamento Distrital de Santarém disse a O MIRANTE que os assaltantes actuavam de noite por meio de arrombamento e escalonamento pelos telhados e usavam meias de licra nos faróis dos carros para facilitar a fuga às autoridades.Os indivíduos são suspeitos de terem efectuado furtos em, pelo menos dez escolas e em diversos estabelecimentos comerciais de Santarém, Almeirim, Pernes, Couço, Lavre e Montemor-o-Novo.Os suspeitos encontram-se em situação irregular no País e um deles já tinha sido notificado pelo SEF para abandonar o país, mas não cumpriu a determinação. Agora o tribunal libertou-os com a obrigação de se apresentarem semanalmente no posto da GNR até abandonarem o país.