Sociedade | 12-05-2006 18:31

Turismo reclama maior investimento em Fátima

O presidente da Região de Turismo Leiria/Fátima , Miguel Sousinha, defendeu hoje mais investimento dos poderes públicos na valor ização de Fátima, que constitui um dos principais destinos dos turistas que visitam Portugal."Temos de criar atractividade complementar" a Fátima na região, defendeu o dirigente, considerando que a valorização de rotas com os monumentos da zona que são Património da Humanidade (mosteiros de Alcobaça e Batalha e Convento de Cristo) devem ser uma aposta dos operadores.Para este responsável, "há um novo tipo de consumo turístico em que as pessoas saem cada vez mais durante o ano mas ficam menos tempo em cada sítio", preferindo organizar "agendas próprias de acordo com os seus interesses".Para isso, será necessário uma maior aposta em momentos capazes de atrair turistas fora das grandes peregrinações, uma situação a que o Santuário está atento, como indica o investimento na nova Igreja da Santíssima Trindade.O novo templo, com capacidade para dez mil lugares, será utilizado para cerimónias durante o Inverno e poderá receber encontros temáticos religiosos, uma solução que a Região de Turismo aguarda com muita expectativa."Estou à espera do reforço da capacidade de atracção de Fátima com a construção da nova igreja" até porque a hierarquia do Vaticano "parece estar cada vez mais próxima e atenta do Santuário"."Cada vez mais Fátima aparece como um dos grandes centros religiosos do mundo e isto é uma ideia que a própria Igreja promove", considerou este respons ável, que conta com o novo templo para reduzir a sazonalidade das peregrinações ao Santuário."É importante a criação de um espaço religioso onde se possa celebrar c erimónias e encontros temáticos religiosos também durante o Inverno", afirmou, e mbora alertando que o turismo em Fátima depende cada vez menos das grandes pereg rinações, entre Maio e Outubro."São as novas tendências de turismo. Antigamente, o tempo de deslocação das pessoas era muito grande pelo que as pessoas ficavam mais tempo nos locais" , disse.Por exemplo, "quem vem a Fátima a partir dos Estados Unidos, fica dois dias em Fátima, depois vai a Santiago de Compostela e depois Roma", explicou Mig uel Sousinha, reconhecendo que a região precisa de aumentar a oferta de turismo cultural para fixar os turistas mais tempo.Em paralelo, a "construção do novo Museu de Cera de Fátima vai ser impo rtante para a manutenção de turistas durante mais alguns dias" na cidade, acresc entou este responsável.No entanto, para consolidar esta nova oferta turística é necessário que os poderes públicos invistam na requalificação das principais artérias da cidad e e na acessibilidade ao Santuário, alertou.

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