Sociedade | 26-05-2006 09:19

Burlão deixa idosa sem ouro

Uma octogenária, viúva, residente em Aveiras de Baixo, foi burlada por um indivíduo que lhe levou diversas peças em ouro que guardava em casa.Ascensão Maria Sousa, de 82 anos, caiu no conto do vigário no dia 12 de Maio, quando se encontrava em Aveiras de Cima a aguardar o autocarro para regressar a casa, em Aveiras de Baixo, no concelho de Azambuja.A idosa foi abordada cerca das 10h00, por um indivíduo que se deslocava numa viatura, cujas marca e cor não sabe descrever, e que lhe ofereceu boleia, dizendo que já a conhecia há muitos anos.“Eu não o conheço, mas pensei que fosse alguém que me conhecia do tempo que eu ia vender queijos e leite...”, contou a O MIRANTE a octogenária, bastante nervosa.Ascensão Sousa acabou por aceitar a boleia do indivíduo, “um homem forte, de camisa azul clara”, sem imaginar que se estava a meter na boca do lobo.Ao chegar a Aveiras de Baixo, a vítima, pediu ao “benemérito” condutor para parar o carro na Estrada Nacional, mas o indivíduo insistiu em transportá-la até à porta de casa. “Disse-me que queria saber onde eu morava para vir visitar-me com a mulher”, explica a idosa que, inocentemente, aceitou indicar ao desconhecido onde morava.Junto à porta da residência de Ascensão Sousa, o burlão advertiu-a que “não devia ter dinheiro debaixo do colchão”, aconselhando-a a ter cuidado, segundo o relato da vítima. O homem perguntou também pelo ouro que a idosa tinha em casa. Sem que a vítima se apercebesse, o indivíduo seguiu-a para o interior da casa, “até bateu com a cabeça no estore da porta” e deitou a mão às peças de ouro que Ascensão Sousa acabara de colocar em cima da cama: “dois fios, cada um com uma libra, e um cordão com dois metros, com a fotografia do meu marido” e “disse-me que eram iguais às peças que tinha no carro”.O burlão retirou-se, com o argumento que ia comparar as peças, mas “quando cheguei à porta o carro já cá não estava...”Ascensão Sousa é mais uma vítima dos burlões que nos últimos meses têm percorrido a região do Ribatejo, burlando idosos indefesos, levando-lhes alguns bens.“Não sei ler nem escrever. No meu tempo só me ensinaram a trabalhar no campo”, lamenta a idosa, pedindo a Deus que o burlão venha a ser apanhado.José Bernardes

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