Sociedade | 06-10-2006 08:50

Vialonga perde validação de competências

O Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (CRVCC) da Associação para o Desenvolvimento e Emprego de Vialonga não entrou em funcionamento este ano. A falta de financiamento por parte do Programa de Desenvolvimento Educativo para Portugal (Prodep III) ditou o fim do centro. Em funcionamento desde o início de 2005, o CRVCC tinha cerca de 300 pessoas inscritas que procuravam obter os diplomas do quarto, sexto ou nono ano de escolaridade. Este ano viu-se obrigado a não abrir as portas depois de terem em falta grande parte das verbas do Prodep relativas a 2005.Segundo Paulo Santos, o sociólogo coordenador da ADE, o centro deixou de receber verbas em Maio do ano passado sem que tivesse sido dada alguma justificação, mesmo com a insistência da associação. Com seis profissionais a tempos inteiro tornou-se “insustentável” a continuação do CRVCC. As cerca de três centenas de pessoas inscritas foram reencaminhadas para outros centros. Em um ano o centro da ADE certificou 85 pessoas nos diferentes níveis de escolaridade.Os CRVCC têm como objectivo reconhecer as competências e os saberes que foram adquiridos ao longo da vida de pessoas com mais de 18 anos. Os inscritos são acompanhados por técnicos de várias áreas para determinar as suas competências.O centro de Vialonga analisava e emitia certificados nas áreas da Linguagem e Comunicação, na Matemática para a Vida, nas Tecnologias da Informação e Comunicação (sobretudo informática) e na Cidadania e Empregabilidade. Depois do reconhecimento eram emitidos diplomas do quarto, sexto e nono ano de escolaridade pelo Ministério da Educação. No concelho de Vila Franca de Xira existe actualmente um centro na Escola Secundária Gago Coutinho, em Alverca, que se destina à qualificação dos trabalhadores das OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal. ADE em dificuldadesA falta de financiamento tem sido o maior problema da ADE criada em 1998. A substancial diminuição dos apoios do Fundo Social Europeu (FSE) para a região de Lisboa é hoje a principal preocupação, já que a associação sobrevive dos fundos comunitários.Os cortes podem por em risco a formação em curso na área da culinária com equivalência até ao terceiro ciclo, dirigida à população em idade activa em situação de desemprego. A ADE gere ainda três empresas de inserção – que pretendem a reinserção sócio-profissional de desempregados de longa duração ou que se encontrem em situação de desfavorecimento em relação ao mercado de trabalho, como ex-reclusos, portadores de determinados tipos de doenças ou imigrantes em situação irregular – , embora apenas uma esteja em funcionamento. A empresa de jardinagem Vila Verde é a única que se mostrou rentável, pelo que a associação optou por encerrar a @Design, empresa de design digital e comunicação que actua na área das novas tecnologias de informação e comunicação e a lavandaria RoupaXira.

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