Sociedade | 21-02-2008 07:25

PSP dá aulas a idosos para precaver roubos e burlas

Idosos e jovens de Tomar foram esta quarta-feira alertados, numa "aula" dada pelo sub-intendente da PSP Lopes Martins, para precaverem e saberem como agir em situações de burla, "conto do vigário" e roubo, mas também em matéria de segurança rodoviária.Numa iniciativa da Universidade Sénior de Tomar, que contou com o apoio da autarquia, o oficial da PSP ensinou, a uma plateia dividida entre idosos e jovens do Centro de Formação Profissional, "regras de ouro" para prevenirem e saberem como agir caso sejam roubados.Lopes Martins contou a uma plateia atenta o típico "conto do vigário" do "oito ou oitenta", de que há vários registos em Tomar, do homem "bem vestido e bem falante" que se dirige ao idoso com uma encomenda que se destina ao vizinho, "pessoa de bem" de que dá alguns elementos identificadores. "A conversa é sempre a mesma, a entrega da encomenda é imprescindível, mas dado o seu valor não podem deixá-la sem que lhes seja entregue um determinado valor. Até chegam a descarregar várias caixas, que depois se descobre estarem vazias", afirmou o oficial.Lopes Martins aconselhou os idosos a suspeitarem sempre de estranhos que se apresentam como funcionários de empresas conhecidas ou de serviços como a Segurança Social, ou mesmo falsos polícias, recomendando: "em caso de dúvida, liguem à polícia, mesmo que pareça mal".A PSP de Tomar, que tem a seu cargo as duas freguesias urbanas da cidade, tem especial atenção ao mercado semanal das sextas-feiras, onde os idosos vindos das freguesias rurais são os alvos preferenciais das burlas.Ao mesmo tempo, é necessário que previnam eventuais furtos às suas residências no período de ausência, disse.Lopes Martins ensinou regras, como a abertura da porta apenas com o fecho de segurança colocado, a verificação de quem bate à porta através de uma janela com grades ou de um piso superior, a existência na casa de uma "porta de emergência" que abra para fora.Recomendou ainda que as reparações em casa sejam sempre feitas por alguém conhecido ou empresas devidamente legalizadas e que passem factura e que só sejam contratadas empregadas domésticas de que conheçam referências como a morada e outros locais onde trabalham.Lopes Martins deixou conselhos como não ter guardados num único local dinheiro ou jóias e nunca deixar transparecer que vivem sozinhos."Uma senhora que viva só deve, de vez em quando, pôr no estendal roupa de homem, mesmo que isso dê azo à calhandrice das vizinhas", disse.Em ausências prolongadas, o oficial recomendou um aviso prévio à polícia e o pedido a alguém conhecido que passe por casa, acenda as luzes e abra as janelas.Em caso de assalto, o melhor é ficar quieto e mostrar um dos locais onde tem guardados alguns bens, "porque a vida é o bem mais precioso", mas se se envolver em confronto, então o melhor é bater com um objecto na cabeça do agressor, recomendou.Lopes Martins referiu ainda as formas correctas de caminhar na rua - de frente para os carros e com a mala do lado de dentro -, para evitar os roubos por esticão, e de levantar dinheiro nas caixas Multibanco.Aconselhando a adopção de uma "postura defensiva", Lopes Martins pediu que, em caso de assalto, "contem até 10, respirem fundo e mantenham a cabeça fria", para fixar o maior número de detalhes possível que permitam a posterior identificação dos assaltantes. Desvalorizando pormenores da roupa, o oficial pediu mais atenção a sinais e cicatrizes, à falta de dentes ou dentes, às mãos e unhas, e que formalizem sempre a queixa, frisando que na maior parte dos crimes nem necessitam constituir advogado.

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