Sociedade | 22-07-2008 09:06

Abaixo-assinado em defesa do estacionamento na Rua José Falcão

Moradores na rua José Falcão e utentes daquela artéria estão contra a supressão de 27 lugares de estacionamento prevista na intervenção que a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira está a realizar na rua de calçada, que é utilizada diariamente por centenas de viaturas. “Para pior já basta assim”, a afirmação é de Alves Machado, morador na rua há 56 anos, e primeiro subscritor do abaixo-assinado que foi entregue na quarta-feira, 16 de Julho, à presidente da câmara, durante a reunião pública do executivo. O antigo vereador da CDU sublinha que entre os subscritores está o antigo presidente da câmara, antigos vereadores e presidentes de junta. “ São pessoas que devem merecer a consideração da câmara porque são pessoas idóneas e com conhecimento da matéria”.A presidente da câmara municipal, Maria da Luz Rosinha, já garantiu que todos os munícipes lhe merecem a mesma consideração e que está disponível para conversar com os subscritores. O documento defende que é possível manter os actuais 84 lugares de estacionamento, com a mesma disposição, sem prejudicar a circulação. “A via fica com uma largura maior que a terceira faixa da Ponte Marechal Carmona”, argumenta Alves Machado. A câmara pretende alargar a via de circulação, que só tem um sentido, e os passeios para um mínimo de 1,20m exigido pela legislação em vigor. “Queremos dar maior mobilidade aos peões e especialmente às pessoas com necessidades especiais”, explica o vice-presidente Alberto Mesquita (PS). “A intervenção valoriza os prédios existentes e todos ganham”, acrescenta. Aquela opinião é partilhada pelo presidente da Junta de Freguesia de Vila Fraca de Xira. José Fidalgo (PS) que frisa a necessidade de se cumprir o regulamento de eliminação das barreiras arquitectónicas. Cadeiras de rodas e carrinhos de bebé são obrigados a circular na via porque os passeios são estreitos e para complicar foram colocados armários de equipamentos das empresas públicas e papeleiras que impedem a circulação. O autarca defende uma “solução de bom senso” e também diz estar disponível para dialogar.A intervenção que a câmara está a fazer vai beneficiar o troço entre o fim da Rua Vasco Moniz, junto à sede do Ateneu, e o entroncamento com a Rua António Lúcio Baptista junto ao quartel dos bombeiros. O novo piso vai permitir circular melhor e eliminar os ruídos causados pela circulação num empedrado gasto e irregular. A obra vai custar 124 mil euros e tem uma duração previsível de três meses. Um prazo que moradores e comerciantes consideram exagerado. “Já viu o prejuízo para todos estes comerciantes?”, interroga José Antunes, fornecedor de uma empresa instalada na rua José Falcão. Na rua há clínicas, cafés, talho, supermercado e uma casa de reparação de electrodomésticos. Todos vão sofrer com os prejuízos causados pelas obras e pelo corte da circulação. “A começar pelo pó”, adianta Rosa Ferreira.A câmara frisa que são obras necessárias e que todos os moradores e comerciantes irão beneficiar com os arranjos previstos.

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